Mario Draghi foi hoje empossado como primeiro-ministro de Itália pelo chefe de Estado, Sergio Mattarella, que o encarregou de formar governo após a crise desencadeada no decurso da renúncia ao cargo de Giuseppe Conte em 26 de janeiro.
“Desejo as maiores felicidades a Mario Draghi. O sucesso da Itália é essencial para o sucesso da Europa. Portugal e Itália são países muito próximos. Trabalharemos juntos na construção de uma Europa com soluções solidárias e eficazes para os desafios que enfrentamos”, escreveu António Costa, numa publicação na rede social Twitter em português, inglês e italiano.
Draghi disse ter aceitado o convite do Presidente italiano, Sergio Mattarella, para assumir o cargo de primeiro-ministro de Itália, depois de ter garantido o apoio de quase todos os partidos representados no parlamento.
“Juro ser fiel à República, cumprir com lealdade a Constituição e as leis e exercer minhas funções em prol do interesse exclusivo da nação”, declarou hoje, perante Sergio Mattarella no Palácio Romano Quirinale.
O economista e ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), de 73 anos, substitui Giuseppe Conte, que renunciou ao cargo depois de o partido Itália Viva, de Matteo Renzi, parceiro da coligação governamental, ter abandonado o Governo, deixando-o sem maioria no parlamento.
Draghi vai ter pela frente a tarefa de encontrar uma forma de investir de forma rápida e eficaz os 209 mil milhões de euros de fundos europeus do Plano de Recuperação contra os efeitos da crise económica, social e sanitária desencadeada pela pandemia de covid-19.
Nos últimos dias, Draghi realizou duas rondas de consultas com os partidos e obteve o apoio de todos, exceto dos Irmãos de Itália (extrema-direita), de Giorgia Meloni, que tem 19 dos 315 assentos no Senado e 33 dos 630 na Câmara dos Deputados.
Mario Draghi estreia-se em 25 de fevereiro como primeiro-ministro perante os restantes chefes de Estado e de Governo da União Europeia, na cimeira virtual de dois dias convocada por Charles Michel para tratar da pandemia de covid-19 e questões relacionadas à política de defesa.
Comentários