A polícia recuperou um total de 501.574 obras de arte em Itália e no estrangeiro, que tinham sido exportadas ilegalmente, tendo sido entregues aos legítimos proprietários.
"Este trabalho meticuloso nunca parou, mesmo durante este ano difícil de crise sanitária devido à pandemia da covid-19", comentou o ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini, em comunicado.
No topo da lista está o setor das antiguidades, arquivos e livros, com 483.978 obras roubadas, seguindo-se os objetos arqueológicos e paleontológicos retirados em escavações clandestinas, num total de 17.956.
Também foram apreendidas 1.547 peças falsificadas, no valor de 415 milhões de euros, segundo as autoridades.
No ano passado, em simultâneo, o roubo de património artístico em Itália teve uma quebra de 17,6% em relação ao ano anterior, nomeadamente em instituições públicas, como bibliotecas, com -50%, museus -21%, e lugares de culto, com -17%.
A polícia recuperou, entre outras obras de arte, em colaboração com as organizações internacionais Europol e Interpol, a escultura de uma cabeça romana de divindade feminina, que ornamentava, até 1977, a entrada do fórum romano, em Roma, e tinha sido retirada do busto por desconhecidos.
O retrato de um jovem atribuído ao mestre renascentista Ticiano, exportado ilegalmente para a Suíça, avaliado em seis milhões de euros, regressou à origem, tal como preciosos livros antigos encontrados em Londres.
Itália soma 50 sítios culturais inscritos na lista de Património da Humanidade da organização das Nações Unidas, da Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), fazendo deste país o mais dotado de tesouros classificados a nível mundial.
Esta riqueza cultural com origens históricas, nomeadamente nos povos etruscos, gregos e romanos, mas também dos períodos do Renascimento e do Barroco, é cobiçada por colecionadores do mundo inteiro, e alguns deles recorrem a meios ilegais para a obter.
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