“Tal como já fizemos com as chamadas de valor acrescentado, também relativamente a todas estas despesas com a reconstrução essa receita reverterá para o Revita, para que os donativos para a reconstrução desta região continuem a ser donativos para a solidariedade”, disse António Costa.
Segundo o primeiro-ministro, não é possível, “porque estamos sujeitos a regras comunitárias, alargar o âmbito das isenções, agora, podemos consignar esta receita a este fim e é isso que iremos fazer”.
Aos jornalistas, a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Nádia Piazza, adiantou que vai ser desenvolvido um projeto-piloto dedicado ao trauma para as comunidades de desastre, “que foi o nosso caso”.
“Isso vai fazer história e ficar nos manuais do futuro para quando acontecer uma catástrofe não voltarmos à estaca zero”, disse Nádia Piazza, considerando que, no futuro, pode haver outro tipo de catástrofes.
O projeto-piloto vai incidir sobre os incêndios, que é o “tipo de catástrofe que nos afeta aqui no interior dado o nosso coberto vegetal, a orografia e agora os períodos de seca extrema”, acrescentou.
“Esta região passou por um trauma coletivo, então o trauma tem de ser trabalhado também em coletividade, com terapias em grupo, e há terapias fantásticas que têm resultado e que conseguem desconstruir imagens que é aquilo que nós carregamos muito”, sublinhou, emocionada, Nádia Piazza.
A presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande disse ainda que a questão das indemnizações às vítimas está resolvida e a cargo da Provedoria de Justiça.
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