Referindo-se à “torrente de comentários e informações” na última semana sobre a fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, considerados pelas autoridades como “muito violentos”, a ministra da Justiça apontou que “muita coisa foi dita, faltando à verdade”, que disse querer repor.
A ministra desmentiu ainda que os guardas prisionais não tenham acionado o sistema de comunicações de segurança do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) “por falta de conhecimento ou formação”.
“O funcionamento do SIRESP faz parte do curso de formação de Guardas, além de ter havido formação quando foi instalado. O sistema SIRESP não foi acionado porque o protocolo indica que, naquele caso, o que deve ser feito é usar o SIRESP para as comunicações rádio”, disse.
Sobre a fuga, Rita Alarcão Júdice reiterou que as causas “não foram fruto do acaso” e “algumas já estão identificadas”, recordando as auditorias pedidas aos serviços do Ministério da Justiça e da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), e referindo que a que irá avaliar as condições de segurança dos 49 EP do país e que deve ficar concluída até 31 de dezembro deste ano seguirá “uma ordem de prioridade, de acordo com a sua [do EP] natureza e dimensão”.
“Para tomar as melhores decisões e dar bom uso ao dinheiro dos contribuintes, precisamos de avaliar o estado dos equipamentos de segurança, das infraestruturas físicas, dos sistemas de comunicação e dos protocolos de segurança. Este relatório vai estar concluído até 31 de dezembro de 2024. Mas assim que estiver concluída a avaliação para cada Estabelecimento Prisional não precisaremos de esperar pelo fim para agir”, disse.
*Com Lusa.
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