“Na minha visão, o Presidente deveria passar a faixa porque é uma questão de Presidente para Presidente. Independente do processo, independente de gostar ou não da pessoa. É uma questão institucional”, disse Hamilton Mourão.
O vice-presidente do Brasil, que está desde segunda-feira a realizar uma visita oficial de quatro dias a Portugal, falava à comunicação social no final de uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
“Eu não sou o Presidente. Se por acaso o Presidente renunciasse ao cargo e eu me tornasse Presidente, eu teria essa responsabilidade [entregar a faixa presidencial ao Presidente eleito]. Mas eu não tenho essa responsabilidade. Então, eu não posso, se por acaso o Presidente Bolsonaro não for, vestir aquela faixa, retirá-la e entregá-la ao Presidente Lula que é o eleito”, afirmou.
“Eu teria que dobrá-la e entregar bonitinho, dobradinho. Então para isso qualquer pessoa que for escalada pode fazer. Porque é um momento de júbilo da chapa [candidatura] que foi eleita”, acrescentou.
Luiz Inácio Lula da Silva ganhou a segunda volta das eleições presidenciais realizadas em 30 de outubro por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava um novo mandato de quatro anos.
Questionado sobre de quem partiu a iniciativa da sua visita a Portugal, se do seu gabinete ou de Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão respondeu que “já estava consertada com o Presidente Bolsonaro”.
“Nós já deveríamos ter vindo antes, mas por problemas de agenda - tivemos aí o calendário eleitoral - e, como candidato, eu tive que me dedicar à minha eleição”, frisou, recordando que foi eleito para o Senado brasileiro.
E sobre a sua relação com Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão disse que é uma relação “de dois companheiros que se conhecem há mais de 40 anos”.
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