A proposta foi discutida e aprovada, em reunião extraordinária, por maioria, com os votos favoráveis de PS e PSD e as abstenções da CDU e do Chega.
De acordo com a proposta, a que a agência Lusa teve acesso, será adjudicado à Caixa Geral de Depósitos um empréstimo de médio e longo prazo até ao montante máximo de 9,6 milhões de euros, sendo que deste valor 6,7 milhões dizem respeito a encargos com investimento e 2,9 milhões a encargos com despesas correntes.
Durante a discussão, os eleitos da CDU criticaram o facto de ainda existir “pouca informação” relativamente ao futuro do espaço que vai acolher em agosto a JMJ, acusando a liderança do executivo (PS) de ser “pouco exigente” com o Governo.
Em causa estão situações como o desmantelamento do terminal de contentores da Bobadela ou a reabilitação das estações ferroviárias da Bobadela e de Santa Iria da Azoia.
Na resposta, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), referiu que a autarquia tem estado a discutir estas questões com o Governo e com as Infraestruturas de Portugal (IP) e adiantou que terá na sexta-feira uma nova reunião com a tutela.
Ainda sobre esta matéria, foi também aprovada, por maioria, a abertura de um novo procedimento concursal para a execução da empreitada nos terrenos de Loures para a realização da JMJ, uma vez que o anterior ficou deserto.
“Não há lugar a adjudicação quando nenhum concorrente tenha apresentado proposta, extinguindo-se, consequentemente, o procedimento e revogando-se a decisão de contratar. No entanto, porque se mantém o interesse e urgência na contratação, propõem-se que seja aberto novo procedimento concursal, destinado à formação do mesmo contrato de empreitada”, lê-se na proposta.
O preço base para a execução dos trabalhos é de 5,3 milhões de euros (sem IVA), com um prazo de execução de 90 dias, tendo os interessados um prazo de quatro dias para apresentação de propostas, “a contar com a data do envio do convite”.
Em causa estão as obras de requalificação de um terreno de 70 hectares no Parque Tejo-Trancão, a norte da freguesia lisboeta do Parque das Nações, para acolher os eventos principais da JMJ.
“Será toda a infraestruturação daqueles 70 hectares, onde vão passar grande parte do tempo os peregrinos da Jornada. Basicamente, é terraplanagem, modelagem e infraestruturação”, explicou no início do mês à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Loures.
Na reunião extraordinária de hoje, a Câmara de Loures aprovou ainda, por maioria, a contração de um empréstimo, no valor de 4,9 milhões de euros, para a reabilitação dos edifícios de habitação municipal no bairro dos Terraços da Ponte, em Sacavém, e na Quinta das Pretas, no Prior Velho.
A proposta teve os votos favoráveis de PS, PSD e CDU e a abstenção do Chega.
A Jornada Mundial da Juventude, considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.
As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
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