Contactada pela agência Lusa, fonte da Direção-Geral das Artes (DGArtes), organismo do Ministério da Cultura responsável pelos concursos de apoio às artes, indicou que o concurso "está em fase de análise de resultados provisórios" relativa aos seis candidatos, sem adiantar mais pormenores.
Contactadao pela agência Lusa, o ex-diretor artístico do Museu de Serralves, no Porto, confirmou que se candidatou, mas escusou-se a fazer mais comentários até os resultados do concurso serem anunicados oficialmente.
João Ribas apresentou demissão de diretor do Museu de Serralves, acusando a instituição de "violação continuada” da sua “autonomia técnica e artística”, no caso polémico da exposição de Robert Mapplethorp, acusações que a administração depois refutou.
De acordo com o jornal Público, a proposta do curador João Ribas apresenta a artista plástica portuguesa Leonor Antunes, que vive e trabalha entre Berlim e Lisboa, para representar Portugal na próxima Bienal de Arte de Veneza.
O jornal avança que a proposta de João Ribas foi a que obteve a pontuação mais elevada do júri, mas que outro candidato, Nuno Faria, terá entregue na quarta-feira um recurso hierárquico à ministra da Cultura, Graça Fonseca, depois de a DGArtes não ter aceitado uma primeira queixa em que o curador contestava a exclusão da sua candidatura, por alegadamente ter sido entregue fora do prazo.
O curador requer a anulação dessa decisão, pedindo que a sua proposta seja apreciada pelo júri, adianta.
Os outros curadores candidatos são Emília Tavares, Filipa Oliveira, João Laia, João Silvério, Leonor Nazaré e Marta Mestre, segundo o Público.
O júri é constituído por Nuno Moura (DGArtes), Cristina Góis Amorim (AICEP), Catarina Rosendo (historiadora de arte), Jürgen Bock e Sérgio Mah, curadores responsáveis por participações portuguesas em edições anteriores da Bienal de Veneza.
Esta é a primeira vez que o representante português na Bienal de Arte de Veneza é escolhido por concurso, o que já aconteceu na escolha da participação nacional da Bienal de Arquitectura de Veneza deste ano.
Em 2017, Portugal foi representado na Bienal de Arte de Veneza pelo escultor José Pedro Croft, por proposta do curador e comissário João Pinharanda.
A 58.ª Exposição Internacional de Arte vai decorrer entre 11 de maio e 24 de novembro de 2019 em Veneza, com curadoria do britânico Ralph Rugoff, director da Hayward Gallery, em Londres, e terá como tema “Tempos Interessantes”.
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