"A Web Summit é uma montra para o país", afirmou o governante durante uma conferência de imprensa no Ministério da Economia, em Lisboa, após se ter reunido com elementos de várias das 'startups' (empresas com rápido potencial de crescimento) portuguesas que participaram na edição de 2016.
No ano passado, o Governo financiou a 100% a participação de 67 empresas portuguesas escolhidas através da Startup Portugal que se mostraram na Web Summit e para a edição deste ano (em novembro) o executivo vai apoiar 150 'startups', mas decidiu reduzir para 50% o apoio.
"Queremos apoiar mais empresas. No ano passado havia 67 empresas cuja participação foi totalmente financiada pelo Governo, mas houve outras 'startups' portuguesas que foram escolhidas pela própria Web Summit e que não tinham qualquer apoio e isso não é justo", justificou João Vasconcelos.
Segundo o governante, a opção por financiar apenas metade da verba em causa também se deve ao facto de o executivo considerar que há uma maior responsabilização das 'startup' se tiverem que avançar com 50% do montante da participação naquele que se apresenta como o maior evento tecnológico do mundo.
"É uma decisão da Startup Portugal e a subida do número de empresas para 150 vai permitir uma maior representação das 'startups' portuguesas na Web Summit", sublinhou.
João Vasconcelos também assinalou que este ano, ao contrário do que aconteceu em 2016, as 'startups' vão ser todas selecionadas através dos critérios da própria Web Summit, pelo que o executivo vai avançar com o pagamento de 50% da participação para as primeiras 150 companhias apuradas.
Questionado sobre a possibilidade de uma empresa portuguesa ser escolhida para entrar na Web Summit e não ter a verba necessária para participar, o responsável disse que o valor de metade da inscrição anda na ordem dos 300 ou 400 euros (a outra metade é paga pelo Governo) e garantiu que, caso haja casos extremos, "ninguém deixará de participar" se for apurado.
O secretário de Estado especificou ainda que o apoio direto às 'startups' em causa ascende este ano a 100 mil euros, ao passo que o apoio global dado para que o evento decorra em Portugal é igual para os três anos contratualizados com a organização (2016, 2017 e 2018).
Por seu turno, o irlandês Paddy Griffith, responsável das 'startups' do Web Summit, que participou no encontro com os empreendedores portugueses - depois de ter vindo morar para Portugal após a recente abertura do escritório da organização em Lisboa - mostrou-se confiante no sucesso da edição de 2017.
"A preparação para a Web Summit está a correr muito bem. Há cinco ou seis semanas instalámos o escritório em Lisboa e está a ser uma boa experiência", declarou, revelando que além dele, também o responsável pelos investidores da Web Summit se mudou de Dublin para a capital portuguesa para residir.
Paddy Griffith disse que, neste momento, já integram esta nova representação da Web Summit em Lisboa "cinco ou seis trabalhadores portugueses" e que vão ser recrutados mais 20.
O responsável irlandês avançou que até agora já houve 400 'startups' que concorreram à participação no evento, das quais 55 são portuguesas, e que muitas mais candidatas são esperadas até ao fecho das inscrições.
[Notícia atualizada às 21:41]
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