Biden assumiu a posição em declarações à imprensa, antes de viajar para o Kentucky, onde visita as áreas mais afetadas pelos tornados que afetaram aquele e outros Estados dos EUA na sexta-feira.
“Acho que merece ser condenado”, atirou o presidente norte-americano sobre o assessor de Donald Trump à data dos acontecimentos, em 06 de janeiro.
A Câmara Baixa do Congresso dos EUA, de maioria democrata, votou na terça-feira a favor de condenar Meadows por desacatos e, agora, a acusação passa para a alçada do Departamento de Justiça, que deve decidir se convoca um grande júri para acusá-lo formalmente em processo criminal.
A acusação de desacatos pode implicar uma pena máxima de um ano de prisão e multa de 100 mil dólares, de acordo com o Serviço de Investigação do Congresso.
Meadows foi indiciado por desacatos depois de ter deixado de colaborar com o comité que investiga o assalto ao Capitólio e que foi formado pela presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi.
O comité, que foi criado com a finalidade de investigar o que ocorreu durante o ataque, quem foi responsável e o que se pode fazer para evitar eventos semelhantes, revelou que Meadows recebeu mensagens de texto do filho mais velho de Trump, Don Jr., e de personalidades da televisão conservadora Fox, chocados com o ataque.
Concretamente, Don Jr. e três apresentadores da Fox pediram a Meadows que persuadisse Trump a levar o ataque a sério e a pedir aos seus seguidores para abandonarem o Capitólio.
“Precisamos de um discurso na Sala Oval. Tem de liderar isto já. Isto foi longe de mais e está fora de controlo”, escreveu Don Jr. numa mensagem dirigida ao antigo chefe de gabinete.
As mensagens de texto fazem parte de um conjunto de 9.000 documentos que Meadows entregou ao comité antes de mudar de ideias e deixar de colaborar com as averiguações, argumentando que Trump invocou o “privilégio executivo”, que permite ao presidente dos EUA evitar a difusão de certos materiais.
Em 06 de janeiro deste ano, cerca de 10 mil pessoas, maioritariamente simpatizantes de Trump, caminharam em direção ao Capitólio e cerca de 800 invadiram o edifício para impedir a ratificação da vitória do agora presidente dos EUA, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020, frente ao candidato republicano e ex-presidente.
Durante os distúrbios, cinco pessoas morreram e cerca de 140 polícias foram agredidos.
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