No regresso da Gala do Desporto ao Casino Estoril, após um interregno de um ano motivado pela pandemia de covid-19, Jorge Fonseca voltou a coroar-se como Atleta Masculino do ano, uma distinção que já tinha recebido em 2019.

“É mais fácil para mim estar no tapete do que estar aqui a falar. […] Estou um bocado nervoso, mas muito feliz com este prémio. Lutei muito para poder conquistar este prémio”, disse Fonseca, antes de dançar como tinha prometido à mesa onde estava sentado.

Medalha de bronze nos -100kg nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 e bicampeão mundial na sua categoria, o judoca do Sporting, de 29 anos, voltou a demonstrar a sua inegável popularidade junto dos portugueses, ‘batendo’ na corrida ao prémio de Atleta do Ano concorrentes de peso: o campeão olímpico do triplo salto Pedro Pablo Pichardo, o canoísta Fernando Pimenta, bronze em K1 1000 metros na capital japonesa, o ciclista João Almeida, sexto classificado no Giro2021, e o ‘capitão’ da seleção portuguesa de andebol, Rui Silva.

Se Fonseca já sabia o que era ser distinguido como Atleta do Ano – embora há dois anos tenha ‘celebrado’ o feito com um discurso gravado no Japão, onde se encontrava -, para Patrícia Mamona foi uma ‘estreia’.

Ausente da 25.ª Gala do Desporto, a medalha de prata em Tóquio2020 e campeã da Europa em pista coberta no triplo salto não enviou o ‘tradicional’ vídeo dos premiados que não podem comparecer – agradeceu numa SMS -, mas poderá congratular-se por ser a Atleta Feminina de 2021, ‘destronando’ a recordista Telma Monteiro, vencedora em 2010, 2011, 2014, 2016 e 2020.

Além da judoca, que somou a 15.ª medalha em 15 participações em Europeus ao sagrar-se campeã nos -57kg, Mamona ‘derrotou’ a ciclista Maria Martins, campeã europeia de omnium em sub-23 e primeira portuguesa a competir na pista em Jogos Olímpicos, a ginasta Filipa Martins, sétima classificada no ‘all-around’ do Mundial, o melhor resultado de sempre para Portugal, e a canoísta Teresa Portela, sétima em K1 500 metros em Tóquio2020.

Entre os nomeados para Treinador do Ano, Jorge Braz, o selecionador que levou Portugal ao título mundial de futsal, foi o preferido, em detrimento de Jorge Pichardo, que orienta o filho Pedro Pablo Pichardo, de Hélio Lucas, o eterno mentor de Fernando Pimenta e treinador com mais títulos europeus e mundiais e medalhas na canoagem portuguesa, de Pedro Soares, o técnico por detrás dos êxitos de Fonseca e do judo do Sporting, e de Lourenço França, responsável pela conquista de várias medalhas no ano de 2021 em campeonatos do mundo e da Europa na ginástica.

“Muito, muito obrigado. É uma honra, uma enorme honra, estar entre treinadores que são uma referência para mim. Exemplo de boas práticas, do que é definir objetivos, metas, e trabalhar afincadamente para lá chegar. Que orgulho enorme fazer parte do desporto nacional”, confessou Braz.

O futsal foi, aliás, o ‘rei’ da noite, com a seleção campeã europeia e mundial a ser escolhida como a Equipa do Ano, vencendo a categoria na qual também estavam nomeados a equipa olímpica e paralímpica de judo, os canoístas do K4 500 metros masculinos, oitavos em Tóquio2020, a seleção de ténis de mesa Síndrome Down ITTADS e a seleção de andebol, responsável pela ‘estreia’ olímpica das modalidades de pavilhão.

Inevitavelmente, na categoria de Jovem Promessa, impôs-se Zicky Té, a nova ‘estrela’ do futsal mundial; o jovem de 20 anos, eleito melhor jogador do Campeonato do Mundo, superiorizou-se na votação a Pedro Casinha, campeão mundial júnior em K1 200 metros, o ciclista Iúri Leitão, vice-campeão mundial de eliminação, a judoca Joana Crisóstomo e os velejadores Diogo Costa e Pedro Costa, vice-campeões mundiais da classe 470.

“Dar os parabéns aos jovens que também estavam nomeados, que seguramente trabalham muito”, notou, acrescentando estar “muito grato” pela distinção, recebida antes de dançar no palco com Jorge Fonseca.

O Prémio Alto Prestígio, a mais alta distinção da entidade, foi para Carlos Gonçalves, ex-presidente do Movimento Europeu de Fair-Play.

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