A recandidatura de Jorge Vieira, que lidera o organismo desde novembro de 2012, foi confirmada numa carta enviada na quinta-feira aos associados da FPA, a que a Lusa teve hoje acesso.
“Podemos conquistar mais medalhas, podemos filiar mais praticantes, podemos tornar a nossa modalidade ainda mais atraente. Podemos tornar o atletismo a modalidade número um do desporto português. Para que tal se concretize é indispensável que todos, sem exceção, acreditem nessa possibilidade”, lê-se na missiva assinada por Jorge Vieira.
O atual presidente e recandidato ao cargo enalteceu o papel integrador da modalidade: “Estamos nos estádios, mas, também, no espaço urbano e na natureza. Temos conteúdos para as crianças, temos desafios para os mais aptos, damos oportunidades para que todos possam superar-se, independentemente das suas aptidões”.
“Não me escuso de assumir os erros cometidos durante a minha direção, assumi cada um deles, no momento e no local certos. Não me orgulho dos erros, nem refiro quão importantes são para o progresso, mas sei, como todos sabem, que só erra quem faz e que quem mais faz mais erra”, observou.
No próximo ato eleitoral, Vieira vai contar, novamente, com a oposição de Nobre, que, nas eleições de 18 de dezembro de 2016, conquistou 27 votos, menos quatro do que o atual presidente.
“O equilíbrio de votos nas últimas eleições poderia fazer prever alguma perturbação na vida da modalidade. Todos sabem que tal não aconteceu. Orgulho-me da maturidade alcançada pela nossa família associativa. A unanimidade colhida na maior parte das decisões tomadas em assembleia geral foi um exemplo e uma referência para a vida da modalidade”, referiu Vieira.
António de Carvalho Nobre já apresentou como mandatário Vicente Moura, antigo presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) e antigo vice-presidente do Sporting, e a ex-marchadora Susana Feitor como ‘vice’, responsável pela alta competição.
Coronel da Força Aérea na reserva, Nobre foi vice-presidente da FPA, em direções presididas por Fernando Mota, tendo estado no COP, entre 2009 e 2012, a assessorar Vicente de Moura.
Quanto a Jorge Vieira, antes de presidir ao organismo que tutela o atletismo em Portugal, foi Diretor Técnico Nacional, igualmente nos mandatos de Mota, e coordenador do Centro de Alto Rendimento do Jamor.
Esta será a sexta disputa eleitoral na FPA: Carlos Cardoso derrotou Mário Paiva e Armando Rocha em 1985. Sucedeu-lhe Henrique de Melo, que em 1989 levou a melhor sobre Ruy Trincheiras e Mário Paiva.
Em 1992, Fernando Mota derrotou ‘estrondosamente’ António Campos, três anos depois, conseguindo os votos de 19 das 21 associações regionais presentes, além da duas vitórias de Vieira, a primeira em 2012, perante Leonel Carvalho ou Vítor Mano, e a já referida, em 2016.
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