Em declarações à Lusa no Hospital Santo António, no Porto, para onde foi transferido após ter sido primeiro assistido no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, Rúben Soares explicou ter "partido a tíbia e o perónio" da perna direita em resultado da agressão.
Descrevendo o sucedido, Rúben Soares disse que a situação ocorreu "cerca das 06:00 quando a polícia fez um cordão para acompanhar a saída dos estudantes do Queimódromo" e que reagiu ao facto dos agentes da autoridade terem "adotado uma postura mais agressiva" em resposta a um grupo de jovens que resistia a "sair por onde a polícia queria".
"Dirigi-me então a um polícia que conheço perguntando-lhe se aquela agressividade fazia sentido", obtendo como resposta "dois socos na cara" e a "uma biqueirada" que lhe provocou "a fratura da perna", relatou.
No chão, Rúben Soares viu-se "rodeado por polícias" que "impediram" que fosse "ajudado" pelas outras pessoas que se aperceberam do incidente, adiantou.
"Deixaram passar duas ambulâncias do INEM e só me deixaram entrar na terceira", acusou ainda o jovem, que teve de ser "suturado com quatro pontos na face" e que pelas 20:30, quando falou à Lusa, aguardava "para ser operado à perna".
Segundo Rúben Soares, o incidente deu-se "ainda no interior do recinto onde está a decorrer a Queima das Fitas do Porto" e que as câmaras "filmaram a agressão", tendo revelado que o seu advogado, Elton Franco, "já pediu o acesso às imagens" para preparar a queixa.
Elton Franco disse que vai esperar que Rúben Soares tenha alta hospitalar e, acompanhado do relatório médico, "preparar a queixa".
A Lusa contactou o Comando Metropolitano da PSP do Porto que não fez comentários.
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