"Em primeiro lugar, quero deixar uma palavra de estima ao empresário Mário Ferreira. Encontrámo-nos uma vez e foi de uma simpatia inexcedível. Em segundo lugar, quero agradecer ao Nuno Santos por me ter “ tirado” do sofá e me ter escolhido, sem que eu o pedisse, para abrir as emissões da CNN Portugal. Em terceiro lugar, quero dizer que o meu contrato de trabalho acabou mais cedo por minha e exclusiva iniciativa", começou por escrever no Instagram.

De seguida, a pivô justificou a decisão. "Entendi que quero tentar ser feliz e que para isso tinha que sair do espaço público. Foi uma decisão de VIDA", afirma.

A apresentadora deixou ainda algumas palavras quanto à situação do contrato a recibos verdes. No Facebook, Judite de Sousa tinha salientado que denunciou o "contrato a recibos verdes há mês e meio".

Na manhã desta terça-feira, Nuno Santos, o diretor de informação da TVI e CNN Portugal, assumiu a saída da apresentadora, "uma situação que nos deixa bastante tristes", esclarecendo depois a mesma. "Tivemos conhecimento ontem nas redes sociais de que Judite terá denunciado o seu contrato de trabalho. Para nós, isso foi uma novidade porque não é a informação que temos aqui. A Judite tem um contrato de prestação de serviços com a TVI e com a CNN Portugal e está de baixa médica, a seu pedido, até ao dia 11 de agosto", começou por salientar, desmentindo as notícias que tinham vindo a público sobre as razões da sua saída.

"Têm sido repetidas notícias que, por exemplo, dão conta que a Judite, quando foi como enviada especial para a Ucrânia, o terá feito sem seguro, o que num teatro de guerra é algo impensável. Isso não é verdade. A Judite foi para Lviv, na Ucrânia, obviamente, com um seguro. Também terá sido dito que nessa circunstância, a Judite terá estado sem acesso a dinheiro, sem condições para trabalhar. Isso não tem correspondência com a verdade. Ainda outra nota que está espalhada pelas redes sociais e divulgada por um canal de televisão e que tem ajustes de contas a fazer connosco: que nós, do ponto de vista editorial, não teríamos colocado à disposição da Judite todos os meios para ela fazer o seu trabalho. Isso não é verdade. A Judite escolheu a equipa com a qual quis trabalhar, escolheu esse conjunto de pessoas e nós, na direção, dêmos-lhe todo o apoio ao longo deste processo", esclareceu.

Mas a publicação de Judite esclarece que a situação não terá sido assim. "O meu contrato - recibos verdes - foi assinado pela empresa (direção de recursos humanos e direção financeira) na primeira semana de Maio. Gostaria ainda de dizer que não existindo contrato assinado, também não existiu remuneração. E porquê? Porque como as minhas funções editoriais não eram assumidas perante o grupo de trabalho, entendi que não assinaria o referido contrato de trabalho", começou por explicar.

De seguida, a apresentadora falou do tempo que passou na Ucrânia, desmentindo o que tinha sido referido por Nuno Santos. "Foi nestas circunstâncias que fui para a Ucrânia, tendo manifestado vontade para o fazer. Sabia que não tinha contrato de trabalho, mas não sabia que não tinha seguro de saúde. A empresa, ao dar conta do problema, elaborou um contrato de trabalho com uma duração de 30 dias. Acontece que o erro já estava feito. Eu estava ausente do país e esse documento nunca existiu à face da lei porque nunca foi assinado por mim. Sem dinheiro? Sim. Nunca vi uma moeda ou uma nota Ucraniana. Para beber uma água, tomar um café, almoçar, pedia ao jovem repórter de imagem que pagasse a minha despesa. E assim se passaram duas semanas. Com uma chamada de uma equipa médica de urgência ao hotel em Lviv onde fui injectada duas vezes. E foi esta a minha 'guerra'".

"No entretanto, excedi e muito as minhas funções contratuais: estive na noite eleitoral, no jubileu de platina da rainha com 12 reportagens em 4 dias para não falar dos múltiplos directos", acrescentou ainda.

No final da publicação, Judite de Sousa deixa palavras de agradecimento. "Dito isto, estou grata e, principalmente, estou confortável com este ciclo, novo mas breve. A vida é demasiadamente efémera para nos desgastarmos quando podemos tropeçar na morte ao virar da esquina. Felicidades Mário! Felicidades Nuno!", concluiu.

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