Segundo um decreto do líder da junta, capitão Ibrahim Traore, os membros do governo dissolvido continuarão a desempenhar as suas funções até à formação de um novo executivo.
Não foi apresentada qualquer justificação para o afastamento do primeiro-ministro e da sua equipa.
Os militares burquinabês tomaram o poder em setembro de 2022, ao derrubar o regime militar do tenente-coronel Paul Henri Sandaogo Damiba, cerca de oito meses depois de este ter liderado um golpe de Estado para destituir o Presidente democraticamente eleito Roch Marc Kaboré.
O Burkina Faso é um dos epicentros da violência extremista islâmica, protagonizada por militantes ligados à Al-Qaida e ao grupo fundamentalista Estado Islâmico contra as forças governamentais.
O conflito, que dura há cerca de 10 anos, já provocou mais de 20 mil mortos, de acordo com o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla inglesa), uma organização não-governamental sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos.
Os dois lados do conflito são acusados por ONG de defesa dos direitos humanos de atacar civis e obrigado mais de 2 milhões de pessoas, das quais mais de metade são crianças, a abandonar as suas áreas de residência.
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