Temer é agora acusado de associação ilícita e obstrução de justiça, acusações que são estendidas aos seus ex-ministros Eliseu Padilha e Wellington Moreira Franco, dois dos colaboradores mais próximos durante o seu Governo, que terminou no dia 01 de janeiro, quando entregou o poder ao político da extrema-direita Jair Bolsonaro.
As acusações foram formuladas pela Procuradoria-Geral da República brasileira em 2017, mas o possível julgamento foi bloqueado pela Câmara dos Deputados, que impediu o processo de destituição de Temer.
Uma vez que Michel Temer deixou o cargo de chefe de Estado, as questões para as quais ele tinha sido denunciado no Supremo Tribunal foram distribuídas pelos tribunais de primeira instância penal que, como o caso aceite hoje, já deram seguimento a seis das 13 acusações apresentadas pelo Ministério Público.
Este novo caso pelo qual o ex-governante responderá refere-se a alegadas comissões recebidas do grupo de carnes J&F por eventuais “favores” feitos, de acordo com a acusação.
Temer assumiu o poder em maio de 2016, depois do processo de destituição (‘impeachment’) da então Presidente Dilma Rousseff, com quem ele trabalhou como vice-Presidente.
O político, que durante mais de uma década presidiu ao partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), chegou a ser preso preventivamente durante quatro dias em março deste ano, por suspeitas de corrupção, como suposto membro de uma rede que desviou dinheiro público durante 40 anos.
Michel Temer negou todas as acusações de forma veemente e considerou-se vítima de uma “perseguição política”, o mesmo argumento usado pelo ex-Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril do ano passado, condenado por corrupção.
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