"A JL, apesar de todos os atos precedentes, encontra-se na disponibilidade para reunir e encontrar um entendimento comum que possa favorecer o Sporting e, em particular, os seus profissionais, nunca lhes faltando o apoio que merecem", lê-se na carta enviada à direção pela claque, que não pensa para já recorrer à via judicial.
No mesmo documento, a Juve Leo "acredita que é esta única via possível e aquela que respeita a instituição centenária que é o Sporting, os seus adeptos e os seus sócios, o grande ativo das instituições, não devendo ser estes o objeto do foco de uma Direção a contas com problemas, de certo, mais importantes a resolver".
A Juve Leo considera que a resolução do protocolo por parte do clube é ilegal, por a comunicação da resolução não cumprir os requisitos previstos e porque "nenhuma das razões invocadas encontra abrigo em algum facto".
"O critério que apontam como sendo o 'mais importante' apresenta-se como destituído de sentido, sendo inclusive um facto notório que não precisará sequer de demonstração judicial, uma vez que o apoio dos GOA [grupo organizado de adeptos], em geral, é o que mais se evidencia em qualquer campo, estádio ou no pavilhão onde jogue qualquer equipa, de qualquer modalidade, do Sporting", lê-se.
Em 20 outubro, a direção do Sporting rescindiu, “com efeitos imediatos”, os protocolos que celebrou em 31 de julho com a Associação Juventude Leonina e com o Diretivo Ultras XXI – Associação, alegando a “escalada de violência” recente.
“O Sporting Clube de Portugal e a Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD informam que, na presente data, resolveram, com efeitos imediatos, os protocolos celebrados”, pode ler-se no comunicado publicado no sítio ‘online’ dos ‘leões’.
Segundo a mesma nota, a decisão foi tomada “em virtude da escalada de violência que culminou com tentativas de agressões físicas a dirigentes e outros adeptos”, durante a vitória no futsal frente ao Leões de Porto Salvo (6-1), no Pavilhão João Rocha.
Outra das razões, segundo o clube, prende-se com o “incumprimento sistemático” destes grupos organizados de adeptos (GOA) da obrigação do cumprimento da Lei, dos estatutos e regulamentos do clube, patente “nas multas suportadas” pela SAD e clube.
Por fim, o clube realça que cumpriu os protocolos e esperava igual comportamento das claques, que acusa de “faltar sistematicamente no apoio devido aos atletas do Sporting, nomeadamente da equipa principal de futebol”.
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