Segundo uma nota da Presidência da República na Internet, na mensagem que enviou a Joe Biden, Marcelo Rebelo de Sousa "lembrou os contributos de Henry Kissinger para a diplomacia norte-americana, sublinhando as suas qualidades enquanto diplomata, académico, personalidade multifacetada, que marcou, como poucos, as relações internacionais nos últimos cinquenta anos".
"Nesta hora de pesar, o Presidente da República relembra a vida e obra de Henry Kissinger, valorizando a sua contribuição, teórica e prática, para o entendimento das relações internacionais e da diplomacia", refere-se na mesma nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
O antigo secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, figura incontornável da diplomacia mundial durante a Guerra Fria, que dominou a política externa dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, morreu na quarta-feira, aos 100 anos, na sua casa em Connecticut.
O controverso diplomata manteve-se ativo até ao fim da vida, apesar da idade avançada. Em julho, já com 100 anos, visitou a China, onde se encontrou com o Presidente chinês, Xi Jinping.
Kissinger nasceu em 27 de maio de 1923, em Fürth, na Alemanha, no seio de uma família judia que se mudou para Nova Iorque, fugida do nazismo.
Recebeu o Prémio Nobel da Paz juntamente com o homólogo vietnamita Le Duc Thuo pelas negociações secretas para pôr fim à guerra do Vietname e normalizou as relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China durante a presidência de Richard Nixon (1969-1974).
No entanto, Kissinger será também recordado pelo apoio dado a ditaduras como as da Argentina, entre 1976 e 1983, aos últimos anos do regime de Francisco Franco, em Espanha, e ao golpe de Estado contra Salvador Allende, no Chile, em 1973.
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