Esta foi a principal mensagem deixada no discurso de encerramento do congresso da AN em Perpignan, com Le Pen a afirmar que quer continuar “a abrir (o partido) a todas as forças políticas”.
A dirigente defendeu a transformação que tem levado a cabo desde que em 2011 sucedeu ao pai, Jean-Marie Le Pen, na liderança da então Frente Nacional, tendo rompido politicamente com ele, afastando-se das suas posições mais extremistas. Viria depois a rebatizar o partido em 2018.
“A nossa evolução materializa-se naquilo em que a AN se converteu, um partido aberto a todos, um partido criativo e audaz (…). Não faremos marcha atrás, com todo o respeito que temos pela nossa história, não voltaremos à Frente Nacional”, afirmou.
Para Le Pen, as posições da AN “contra a imigração em massa”, contra o islamismo ou contra a globalização mostraram que “a maior vitória dos últimos dez anos é uma vitória ideológica quase total”.
“A crise da covid mostrou que tínhamos razão na necessidade de conservar uma soberania industrial e, sobretudo, sanitária”, considerou.
Segundo a líder da extrema-direita francesa, as eleições presidenciais da próxima primavera não serão tanto “uma questão de pessoas”, mas “um confronto de ideias”.
Antes, em declarações à imprensa, Marine Le Pen já se tinha afirmado “extremamente combativa e determinada” para as presidenciais, onde poderá ter de novo como adversário o atual presidente francês Emmanuel Macron, que a derrotou na segunda volta em 2017.
Nas recentes eleições regionais, o partido liderado por Le Pen não venceu em nenhuma região.
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