Após ter participado de manhã no debate das rádios com os líderes dos partidos com representação parlamentar, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos rumou a Leiria, onde teve uma ação de contacto com a população nas ruas da cidade, acompanhado pelo cabeça de lista pelo círculo, António Galvão Lucas.
À sua espera, tinha uma comitiva de cerca de 30 pessoas, com concertinas, o habitual megafone da Juventude Popular que “dá música” às iniciativas do partido e bandeiras do CDS, incluindo uma antiga, de fundo branco e símbolo do partido a negro, pertencente a um militante também ele antigo.
Hoje, além das canetas e dos panfletos, o líder centrista distribuiu também um “cheque-ensino” a quem ia encontrando na rua, e explicava esta medida que consta no compromisso eleitoral que o partido apresenta às eleições legislativas de 30 de janeiro.
Logo no arranque da arruada, Teresa Mesquita chamou por “Chicão” e pediu que lhe explicasse as propostas dos centristas.
O líder do CDS ia elencando as medidas, entre o “cheque-ensino”, redução de impostos ou a “via verde saúde”, mas foi alertado que “tem de cumprir”, não pode “ser só falar”.
“É preciso votar no CDS, para nós elegermos deputados no parlamento para levarmos estas medidas por diante”, respondeu.
Mais à frente, numa esplanada, houve quem lhe disse que ainda tem “de correr muito”, tendo o líder centrista garantido que os centristas têm “pernas para isso”, mas pediu ajuda para no dia 30 o partido “chegar à meta”.
Já no final do percurso, em declarações aos jornalistas junto ao Mercado de Sant’Ana, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que o sistema de ensino tem “uma realidade para ricos e outra para pobres” porque “as famílias mais abastadas podem escolher uma escola de qualidade no ensino particular e social e as famílias mais pobres têm um leque reduzido de opções e, por isso, são obrigadas a ir para uma escola pública, ainda que não tenha a qualidade que as famílias desejariam”.
A proposta do CDS, explicou, permite às famílias que acham que a escola pública não dá a oferta educativa desejada, colocar os filhos a estudar numa escola particular e cooperativa “e o Estado paga”.
“Há escolas boas, ótimas, quer no ensino público quer no ensino particular, agora o que não acontece é que todos podem escolher por igual, e é isso que nós queremos mudar”, salientou, defendendo “igualdade de oportunidades” para que o sucesso escolar “não esteja limitado nem pelo código postal, nem pela carteira dos pais”.
Apontando que “o ministro da Educação descoseu-se e disse que o valor de mensalidade de um aluno numa escola pública era mais caros do que nas melhores escolas particulares e cooperativas”, Rodrigues dos Santos defendeu que o “cheque” proposto pelo CDS “sai mais barato ao Estado”.
E recusou associar o CDS a famílias que já colocam os filhos a estudar em colégios privados, apontando que essa ideia “é um preconceito” porque os centristas se preocupam “com os mais frágeis e os mais vulneráveis”.
Francisco Rodrigues dos Santos criticou também o fim dos contratos de associação, mas defendeu escrutínio e fiscalização para “evitar situação de abuso e desvios à regra”.
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