Francisco Rodrigues dos Santos esteve hoje numa esquadra da PSP em Portalegre, acompanhado pelo cabeça de lista, Bruno Batista (independente), e aproveitou a iniciativa e o facto de estar numa zona onde os efetivos “são insuficientes” para salientar as medidas que o partido defende no compromisso eleitoral com que se apresenta a estas eleições legislativas, como a contratação de nove mil efetivos para as forças de segurança até ao final deste ano.
A criação de um crime autónomo de ofensa da integridade física para que a “sociedade em geral perceba que agredir um agente da autoridade não é a mesma coisa que estar a agredir outro funcionário público”, são outras propostas, assim como melhores condições salariais e o aumento de subsídio de risco para cerca de 400 euros.
O presidente do CDS defendeu que “este discurso não é exclusivo do distrito de Portalegre, mas tem uma abrangência nacional” e salientou que o seu partido “será sempre” aquele que “colocará a defesa da dignidade da autoridade das forças de segurança e o investimento nos seus meios operacionais na primeira linha do combate político”, como tem vindo a fazer desde “há muitos anos”.
“E não deixamos que nenhum outro partido se aproprie desta bandeira que sempre foi do CDS”, disse, indicando estar a referir-se “a outros partidos que copiaram segmentos dos compromissos eleitorais do CDS e que acham que agora são os proprietários de bandeiras que sempre pertenceram” aos centristas.
Francisco Rodrigues dos Santos apontou que “qualquer um deles que ache que pode advogar a defesa das forças de segurança em primeiro lugar em detrimento do CDS está profundamente equivocado”.
“Porque nós sempre fomos o partido que defendeu intransigentemente a autoridade, a dignidade e o investimento nos recursos humanos e operacionais das nossas forças de segurança”, sustentou.
Quanto ao facto de arrancar o segundo dia oficial da campanha para as eleições legislativas de dia 30 num distrito onde o CDS-PP habitualmente não elege deputados, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que o partido “está a apostar verdadeiramente nos círculos eleitorais do interior do país, mesmo onde a luta é mais difícil”, indicando ter “toda a convicção” de que o partido apresenta “as melhores soluções” para o país.
“Porque aqui, no distrito de Portalegre, ser do CDS ou defender os valores do nosso partido em urnas é um ato revolucionário”, afirmou.
Na ocasião, o líder do CDS-PP aproveitou também para voltar a criticar o agora ex-ministro da Administração Interna, afirmando que Eduardo Cabrita “tinha prometido que até ao final do ano de 2023 contrataria 10 mil novos efetivos para as forças de segurança”, mas “nestes últimos três anos apenas contratou 10% deste valor, cerca de mil”.
Na ótica do centrista, o governo socialista, liderado por António Costa, “deixou carências e deficiências e lacunas no investimento que devia ser feito nesta área fundamental do Estado de direito democrático”.
Nas últimas eleições legislativas, em 2019, o CDS-PP foi o quinto mais partido mais votado em Portalegre, com 1.961 votos (3,80%), e o PS elegeu os dois deputados do círculo.
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