“O Volt Portugal foi fundado como um movimento e estamos numa maratona, não estamos num ‘sprint’, e esperamos que a meta para entrar para o parlamento português seja já no dia 30, que a meta seja antecipada, mas se não for cá continuaremos a dar o nosso melhor, as nossas ideias, a fazer as nossas propostas, porque sabemos que as nossas propostas são as melhores para a Europa e para Portugal”, defendeu Tiago Matos Gomes.
Numa arruada na cidade de Viseu, capital do distrito a que o presidente do Volt e candidato por Lisboa deu hoje atenção, Tiago Matos Gomes admitiu que o dia foi para “dar a conhecer o partido, dar a conhecer a Tânia [Campos], candidata e cabeça de lista” por este círculo eleitoral, para “ir implementando aos poucos” o Volt.
“É muito injusto para os partidos que não têm representação parlamentar, [porque] têm uma visibilidade muito menor, e esperamos que a lei eleitoral no futuro seja alterada para dar visibilidade a todos os partidos”, considerou.
Tiago Matos Gomes admitiu que, “ainda assim, cada vez mais portugueses” conhecem o projeto do partido e “cada vez mais portugueses estão a aderir” às ideias do Volt, o que faz com que o líder esteja “confiante num resultado bastante positivo no dia 30”.
Sobre a decisão encontrada pelo Governo para o voto dos cidadãos em isolamento profilático devido à pandemia de covid-19, Tiago Matos Gomes disse que “não é a forma ideal”, mas “um mal menor”.
“É um risco. O Governo devia ter planeado isto há mais tempo, não foi por falta de aviso, incluindo do Volt. Nós, já nas presidenciais, tínhamos referido esse problema e houve claramente uma falta de planeamento e aqui o Governo esteve mal”, apontou.
A comitiva parou junto à Sé de Viseu para fazerem o “tradicional filme” que fazem nas cidades por onde passam, onde registaram a “vontade de conhecer os problemas do interior para os levar ao Parlamento”, assim como “os desafios das empresas nacionais e internacionais” com sede na região.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, que teve apenas votos a favor do PS e a abstenção do PAN.
Esta é a 17.ª vez que os portugueses são chamados a votar em legislativas em democracia, contando com as eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975.
Além de PS, PSD, BE, CDU (PCP/PEV), CDS-PP, PAN, Chega, Iniciativa Liberal e Livre - partidos que conseguiram representação parlamentar nas legislativas de outubro de 2019 -, concorrem às eleições de 30 de janeiro outras 12 forças políticas, num total de 21.
Os outros partidos concorrentes são: Aliança, Ergue-te (ex-PNR), Alternativa Democrática Nacional (ex-PDR), PCTP-MRPP, PTP, RIR, MPT, Nós, Cidadãos!, MAS, JPP, PPM e Volt Portugal, que se estreia em legislativas.
Mais de 10 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro constam dos cadernos eleitorais para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.
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