Contactado pela Lusa no dia em que apresentou a recandidatura à liderança da Juventude Socialista, Miguel Costa Matos defendeu que partidos como o PCP e o BE “têm de ser parceiros privilegiados de diálogo”.
“Apesar da maioria e mesmo por causa da maioria não nos podemos fechar. Nem em sedes partidárias, nem em auditórios como o de hoje [a apresentação da recandidatura foi no Auditório Camões, em Lisboa], nem em maiorias conjunturais”, sustentou o dirigente da JS.
Miguel Costa Matos, que em 2020 foi eleito o sucessor de Maria Begonha na liderança da juventude do PS, advogou que é necessário “construir um diálogo estrutural” com a esquerda, “as pessoas que partilham a mesma visão de sociedade, a ideia de que a liberdade e a justiça dependem da igualdade de oportunidades”.
“A maioria [absoluta] não nos pode fechar” reforçou o deputado de 28 anos.
Se os jovens socialistas o elegerem para um segundo mandato, Miguel Costa Matos espera poder “ter um impacto tangível na vida dos jovens” e já traçou alguns objetivos: “continuar a afirmar as causas feministas, antirracistas” e também a “legalização da canábis”, caminhar para um “ensino superior mais democrático” com a “propina zero”, o fim de todos os estágios sem remuneração e o “pagamento de todas as horas extraordinárias”.
Questões ‘bandeira’ dos jovens como a saúde mental ou de modificação do panorama político-social do país, por exemplo, um “referendo para a regionalização já em 2024” também estão na agenda do atual líder da JS para o próximo mandato.
E para tudo isto, completou Miguel Costa Matos, é necessária “uma chamada ao diálogo com a esquerda”.
O Congresso da Juventude Socialista vai realizar-se entre 16 e 18 de dezembro, em Braga.
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