De acordo com um comunicado, o chefe do Executivo de Macau estará em Portugal até 22 de abril, estando previstos encontros com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Na sexta-feira, Ho Iat Seng disse no parlamento que iria apresentar em Portugal a Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau, criada na vizinha ilha da Montanha (Hengqin), para dar a conhecer oportunidades de investimento.
A acompanhar o chefe do Executivo na primeira deslocação ao exterior após a pandemia de covid-19 estará uma comitiva de 50 empresários locais, liderada pelo secretário para a Economia e Finanças, Lei Wai Nong.
Após a partida de Ho Iat Seng para o Luxemburgo, a delegação de empresários irá deslocar-se ao Porto e visitar várias empresas da região, para “reforçar a cooperação económica e comercial entre Portugal e Macau”, referiu o comunicado.
Com o apoio do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, a comitiva terá encontros com a Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa e a Câmara de Comércio Portugal-China Pequenas e Médias Empresas.
Visitas de trabalho ao Hospital da Luz, Quinta da Marmeleira, grupos Amorim, Sovena e Delta, entre outras, estão também agendadas.
Em fevereiro, o Governo disse num comunicado que espera que a delegação empresarial “possa promover a cooperação e o intercâmbio nos domínios do ensino do português, ciência e tecnologia, área farmacêutica e economia marítima”.
Em paralelo, entre 15 e 22 de abril está a ser realizado diariamente um espetáculo de ‘videomapping’ no Terreiro do Paço evocativo da região administrativa especial chinesa, numa iniciativa da Direção dos Serviços de Turismo de Macau.
No Luxemburgo, Ho Iat Seng terá um encontro com o primeiro-ministro do país, Xavier Bettel.
Na sexta-feira, o chefe do Executivo disse no parlamento que a passagem pelo Luxemburgo iria servir também para aprender com a bolsa de valores local, a maior da Europa, e reiterou que Macau pretende estudar a criação de uma bolsa.
O Governo do território tem assumido a vontade de avançar com uma bolsa de valores denominada na moeda da China continental, o renmimbi, nomeadamente para prestar serviços financeiros entre Pequim e os países de língua portuguesa
A passagem pela Europa termina em Bruxelas, com uma visita à sede da União Europeia e encontros com o vice-primeiro ministro e ministro da Economia e do Trabalho da Bélgica, Pierre-Yves Dermagne, e o ministro presidente do governo da região de Bruxelas, Rudi Vervoort, e outros representantes da UE.
O objetivo é “promover o intercâmbio entre Macau e os países da União Europeia, nas áreas de comércio, ciência e tecnologia, turismo e a normalização da circulação de pessoas”, disse o Governo do território em fevereiro.
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