“Não, não fui silenciado, fui eu que me afastei. Quando fizemos a coligação eu aceitei um líder. Eu não posso de maneira nenhuma ir ao lado do líder [como que a dizer] ‘estou aqui, estou aqui’”, declarou Gonçalo da Câmara Pereira, quando questionado pelos jornalistas se tinha sido silenciado pela coligação AD (PSD/CDS-PP/PPM).
Falando no âmbito de uma iniciativa política que decorreu no Porto do Funchal, na Madeira, o presidente do PPM assegurou que apoia a AD, mas defendeu que “o líder tem um programa para cumprir, tem de cumprir o programa e afirmar-se como o verdadeiro líder”.
Gonçalo da Câmara Pereira admitiu que este seu afastamento pode passar a ideia de que a coligação não está unida, garantindo, no entanto, que esse não é o objetivo.
“Talvez esteja a passar essa imagem, mas não foi esse o fito. O fito é o líder afirmar-se como grande líder que é, e eu sei que é. E ele tem de se afirmar como líder, não precisam de estar as figuras ali ao lado dele de mão dada”, reforçou.
“Nós, PPM, queremos ser úteis, não queremos ter muita visibilidade. Nós queremos é ser úteis na coligação e o PPM é um partido que pode ser útil na coligação”, acrescentou.
Sobre os recentes protestos dos polícias, Gonçalo da Câmara Pereira considerou que a classe “tem sido desprotegida” e manifestou o seu “apoio total” para com aqueles profissionais.
Já relativamente ao direito à greve, afirmou que é “uma questão um bocado delicada”, justificando que poderá pôr em risco a segurança nacional.
“Eles têm é que ser bem remunerados, bem instalados e bem inseridos dentro da sociedade”, sublinhou.
O líder do PPM encontra-se na Madeira até domingo, acompanhado do cabeça de lista do partido às legislativas de 10 de março, pelo círculo da Madeira, Paulo Brito.
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