“Fiquei a saber quando fui para o debate que havia uma notícia que dava nota de que o primeiro-ministro tinha entregado no seu registo de interesse o nome dos clientes” da Spinumviva, afirmou Pedro Nuno Santos quando questionado pelos jornalistas numa ação de rua em Rabo de Peixe, nos Açores.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, assumiu hoje que há indícios de que o PS “tem muito mais a ver” com a divulgação dos clientes da empresa Spinumviva e reiterou que não difundiu nem promoveu a difusão do documento.

O Observador avançou que Delgado Alves assumiu numa reunião no Parlamento ter acedido a informação que o primeiro-ministro e líder do PSD enviou à Entidade para a Transparência e que partilhou informação com Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda.

Pedro Nuno Santos considerou que “Pedro Delgado Alves, como outro deputado, tem acesso, e é suposto ter, ao ‘site’ da Entidade para a Transparência”.

O líder socialista considerou que Pedro Delgado Alves fez “o seu trabalho enquanto deputado”.

“Não vamos misturar: aquilo que é relevante é termos alguém a liderar os destinos do país que oculta informação que é suposto dar”, afirmou.

De acordo com o secretário-geral do PS, “o pior que se podia fazer é ir atrás do jogo que o PSD está a fazer hoje para tentar mascarar aquilo que é verdadeiramente importante, que é um primeiro-ministro ocultar informação”.

Segundo Pedro Nuno Santo, o facto de a informação “não ter sido dada há um ano não permite que se faça o controlo de eventuais conflitos de interesse”.

Na quarta-feira, o Expresso noticiou que o primeiro-ministro entregou uma nova declaração à Entidade para a Transparência, referindo mais empresas com as quais a Spinumviva trabalhou e fê-lo na véspera do frente a frente com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

No debate, o líder da AD disse que não foi ele a tornar pública qualquer interação, dizendo ter respondido a uma solicitação que lhe foi feita, depois de o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, o ter acusado de não ter “idoneidade para o cargo que ocupa”.