“O Conselho Europeu especial convocado pelo presidente Charles Michel começou agora”, anunciou o porta-voz do líder da estrutura, numa mensagem na rede social Twitter cerca das 20:40 (hora local, menos uma em Lisboa).
O porta-voz de Charles Michel especificou que a cimeira de líderes arrancou com “uma troca de pontos de vista” com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, seguindo-se depois a discussão sobre as sanções.
“A discussão desta noite terá lugar sem dispositivos eletrónicos para assegurar a confidencialidade”, adiantou Barend Leyts.
Os chefes de Governo e de Estado da UE, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, discutirão hoje à noite, numa cimeira de urgência em Bruxelas, novas sanções à Rússia.
Esta manhã, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou novas “sanções pesadas” contra a Rússia após a escalada da ofensiva militar russa na Ucrânia, avisando o Presidente russo para “não subestimar” a UE.
A responsável, que também participa na cimeira, explicou que as novas medidas restritivas, que surgem menos de um dia após o aval formal a uma lista de 27 entidades e indivíduos, entre os quais o ministro da Defesa russo, visam “setores estratégicos da economia russa, bloqueando o acesso a tecnologias e mercados que são fundamentais para a Rússia”.
“Enfraqueceremos a base económica da Rússia e a sua capacidade de modernização e, além disso, iremos congelar os ativos russos na UE e impedir o acesso dos bancos russos aos mercados financeiros europeus”, visando, à semelhança do primeiro pacote de sanções, “afetar os interesses do Kremlin e a sua capacidade de financiar a guerra”, explicou.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus “resultados” e “relevância”.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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