“Para mim a razão da demissão foi ter honestidade, ter interpretado que não seria capaz de exercer esta função tão complexa. Penso que ele refletiu, analisou, ponderou e numa atitude de honestidade, optou não por continuar”, disse à agência Lusa Jaime Marta Soares.
O presidente da Liga defendeu que “era notório” que o coronel António Paixão estava “completamente deslocado no cargo que estava a exercer”.
“Tem muitas coisas para fazer, que fará bem, mas era notório que estava completamente deslocado no cargo que estava a exercer. Esta é a nossa opinião e penso que não estamos longe da verdade”, frisou, lembrando o que este é um “cargo com um peso muito grande”, ainda para mais depois das tragédias que ocorreram em 2017, com os incêndios a causarem mais de 115 mortos.
O coronel José Manuel Duarte da Costa foi esta segunda-feira designado pelo secretário de Estado da Proteção Civil para exercer as funções de comandante operacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), substituindo no cargo o coronel António Paixão.
Segundo um comunicado do Ministério da Administração Interna, o coronel António Francisco Carvalho da Paixão “pediu a exoneração do cargo por motivos pessoais”.
Sobre a escolha do coronel José Duarte da Costa para o cargo, o presidente da Liga defendeu que, apesar de preferir um bombeiro, é “altamente positiva a alteração”.
“Não tenho dúvidas que ficamos muito mais enriquecidos em termos de perfil para o exercício do cargo. Duarte da Costa tem um perfil e um currículo muito ricos, que nos dão garantias de sucesso”, frisou.
Em relação ao momento em que ocorre esta alteração, Marta Soares diz que foi na altura certa.
“Esta alteração veio no momento certo. Mau seria manter a nomeação anterior, isso é que eu temia. Esta alteração, nesta altura, é a pessoa certa no momento certo, daqui a uns dias é que já seria tarde”, salientou.
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