A proposta, subscrita pelo vereador com o pelouro dos Direito Sociais, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), prevê a atribuição de apoio financeiro a cinco projetos de “Housing First”, destinados a garantir um total de 200 casas para pessoas em situação de sem-abrigo.
A cada projeto será atribuído um financiamento máximo de 277 mil euros.
O “Housing First” é um projeto em que as pessoas são integradas em habitações tendencialmente individuais e têm um acompanhamento por técnicos que as ensinam a gerir uma casa tendo em vista a sua integração social.
Em declarações anteriores à Lusa, o vereador com o pelouro dos Direito Sociais lembrou que “já estavam aprovadas 100 vagas de ‘Housing First’ que iriam acrescentar às 80 que existiam desde há uns anos”.
Agora, a autarquia vai “avançar com mais 200 vagas de ‘Housing First’”, acrescentou, salientando que o programa tem “uma taxa de sucesso acima de 90%”, resolvendo o problema de habitação dos sem-abrigo, mas também sendo capaz de fazer a sua reinserção social.
Segundo Manuel Grilo, uma das partes mais importantes do programa “Housing First” é que “com a casa vai toda uma equipa que trabalha diretamente com cada uma das pessoas que acede à habitação”.
Essa equipa, referiu, trabalha no sentido de garantir a reinserção plena na sociedade da pessoa que estava em situação de sem-abrigo, a sua autonomia completa no domínio da empregabilidade, quando tal é possível, “seja no domínio da saúde, seja no domínio de encontrar meios de sobrevivência de acordo com a sua condição específica”.
O autarca explicou ainda que as 200 vagas de “Housing First”, tal como aconteceu com as outras 180 já existentes, são criadas através de financiamento a associações, que depois desenvolvem os projetos.
Neste concurso está prevista a criação de “cinco unidades de 40 casas cada uma, por forma a garantir que mais associações possam ter acesso ao financiamento”.
Manuel Grilo disse estimar que até ao final do ano se conseguirá chegar “às 380 vagas de ‘Housing First’ na cidade de Lisboa”.
A proposta, também subscrita pelo vereador com o pelouro dos Direitos Sociais, para a atribuição de um apoio financeiro até cerca de 21 mil euros à Associação Médicos do Mundo, destinado ao suporte dos encargos com os profissionais afetos e a desempenhar funções nos centros de emergência para sem-abrigo, criados para dar resposta à pandemia de covid-19, foi igualmente aprovada por unanimidade.
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