Esta medida consta de uma proposta à qual a agência Lusa teve acesso e que será debatida pelo executivo da Câmara Municipal, de maioria socialista, na próxima reunião privada.
A proposta elenca que "para prosseguir o seu objeto social a EMEL desenvolve, entre outras, as atividades de fiscalização e vigilância de locais de estacionamento público urbano e serviços associados que integram o sistema de apoio à mobilidade urbana, como o controlo do acesso aos bairros históricos e a vigilância de túneis rodoviários".
Como exemplo, os vereadores da Mobilidade (Miguel Gaspar) e das Finanças (João Paulo Saraiva), que assinam a proposta, referem que "a EMEL está encarregada da vigilância do Túnel da Av. João XXI desde há vários anos".
"A gestão da EMEL deve articular-se com os objetivos prosseguidos pelo município de Lisboa, com respeito pelo disposto nas orientações estratégicas aprovadas pela Câmara Municipal de Lisboa, visando o cumprimento do seu objeto social e assegurando a sua viabilidade económica e o equilíbrio financeiro", acrescenta a proposta.
Na quinta-feira serão apreciadas também as orientações estratégicas da EMEL para o período de 2017-2021, bem como o seu Plano de Atividades e Orçamento para o próximo ano.
O Túnel do Marquês, inaugurado há 10 anos, tem 1.725 metros que ligam as Amoreiras à Avenida António Augusto de Aguiar e demorou nove anos a ser construído, atravessando os mandatos de três presidentes de Câmara.
O projeto foi uma das bandeiras da candidatura de Pedro Santana Lopes (PSD) à Câmara de Lisboa em dezembro de 2001, mas a construção do túnel teve diversos contratempos.
O Túnel do Marquês faz um desnivelamento para circulação rodoviária entre a Avenida Duarte Pacheco, nas Amoreiras, e a Praça do Marquês de Pombal e as avenidas António Augusto de Aguiar e Fontes Pereira de Melo.
Foi concebido com o objetivo de retirar cerca de 50 mil carros por dia da superfície desta zona central de Lisboa, encurtando o tempo gasto no tráfego.
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