Para o Livre, é “imprescindível que o diálogo entre forças progressistas e de esquerda ocorra numa altura de grandes desafios para a democracia nacional e europeia” como os que se estão a enfrentar.
“Neste sentido, e para reforçar os canais para este diálogo, como defende desde 2014”, o Livre adianta em comunicado que convidou na sexta-feira as lideranças do Partido Socialista, Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Pessoas-Animais-Natureza a reunir para analisar a situação política atual “e pensar já o próximo ato eleitoral esperado, nomeadamente, as eleições autárquicas de 2025”.
O Livre está convicto que, caso os partidos aceitem este desafio, sairão destas reuniões “pontos de convergência e perspetivas sobre os caminhos a tomar para apresentar alternativas progressistas e pela igualdade”.
Segundo o partido liderado por Rui Tavares, estas alternativas devem ser centradas “num reforço da justiça social e ambiental e na melhoria das condições de vida das pessoas, que sejam oposição às políticas e retóricas divisivas que a extrema-direita tem normalizado com o aval da direita tradicional”.
A seguir às últimas eleições legislativas, realizadas a 10 de março, o Bloco de Esquerda promoveu uma iniciativa semelhante, pedindo reuniões ao PS, PCP, Livre e PAN para analisar os resultados das eleições que “mudaram a face política do país” e debater convergências “na oposição ao Governo da direita” e na construção de uma alternativa.
“Os partidos do campo democrático, os partidos ecologistas, os partidos da esquerda têm obrigação de manter abertas as portas do diálogo e de procurar convergências”, defendeu a líder do BE, Mariana Mortágua, num vídeo que foi divulgado nas redes sociais do partido dois dias depois das eleições.
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