Em comunicado, o partido sublinhou que “estas demonstrações têm como objetivo amedrontar e aterrorizar quem luta pelos direitos de todos e todas”, manifestando “profunda solidariedade” para com a associação SOS Racismo e outros movimentos semelhantes.
A reação surge no seguimento de uma notícia publicada segunda-feira pelo jornal Público segundo a qual a associação SOS Racismo pretende apresentar uma queixa ao Ministério Público por ameaças à integridade física, ofensas morais e danos patrimoniais e incitamento ao ódio e violência.
Segundo o jornal, a queixa será motivada por um conjunto de ameaças, entre elas uma manifestação ocorrida na madrugada do passado sábado que juntou uma dezena de manifestantes com máscaras brancas a tapar o rosto e tochas, numa referência à organização que defende a supremacia branca, Ku Klux Klan.
Entretanto um movimento apelidado de “Resistência Nacional” anunciou no Facebook ter sido responsável pelo evento, alegando que o momento “não foi nenhuma manifestação, nem nenhuma ‘parada do KKK [Ku Klux Klan]” mas sim uma vigília em honra das forças de segurança mortas em serviço e para “protestar o racismo anti-nacional”.
“As imagens que circulam deste evento chocam e mostram que o nosso país não está imune à propagação da semente do fascismo e dos nacionalismos que ressurgem em diferentes pontos da Europa”, alertou o partido na nota.
Para o Livre este tipo de ameaças “têm o fim de minar e destruir a democracia plural a que almejamos” e necessitam de “ser combatidas de forma inequívoca no nosso dia a dia por todos os cidadãos e cidadãs livres, pelas organizações, associações e partidos democráticos e pelas instituições do Estado”.
Já no passado dia 21 de julho, a SOS Racismo tinha anunciado no seu ‘site’ que iria apresentar várias queixas junto das autoridades competentes, depois da sede em Lisboa ter sido vandalizada com a frase “Guerra aos inimigos da minha terra”, denunciando também uma série de atos semelhantes na zona de Lisboa, aos quais os deputados municipais de Lisboa do Livre já reagiram com um voto de condenação.
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