“Eu inclino-me para uma solução que apresente uma grande mudança. Acho que o CDS, se continuar nalguma coisa que seja um bocadinho o mesmo, não tem grandes hipóteses”, disse Lobo Xavier, em declarações à agência Lusa, à margem do 28.º congresso do CDS que decorre hoje e domingo em Aveiro.
Questionado sobre se excluía um apoio a João Almeida, conotado como o candidato da continuidade pelos seus adversários, Lobo Xavier disse ser uma pessoa que admira muito e de quem gosta, mas que “não teria condições até pessoais para fazer uma mudança muito grande”.
“As mudanças têm riscos. As pessoas mais antigas do CDS têm de controlar esses riscos, mas é preciso alguma mudança”, afirmou.
Sobre a forma como está a decorrer o congresso, Lobo Xavier disse que não se confirmam as previsões mais pessimistas de que a reunião magna dos centristas seria “uma balbúrdia e muito agressivo”.
“Não vi isso. Vi vivacidade, com alguns ataques de natureza pessoal, mas nada que não seja compreensível que aconteça nos congressos”, disse o ex-dirigente, desvalorizando o comportamento dos delegados que vaiaram Pires que Lima, por ter criticado Francisco Rodrigues dos Santos.
“O partido adora o dr. António Pires de Lima. Não gostou das referências à idade e à tolerância, mas em ambiente normal. Não vi isso com nenhuma preocupação”, afirmou Lobo Xavier, adiantando não acompanhar as críticas de Pires de Lima, porque nunca viu nenhuma “manifestação de intolerância ou de não democracia” por parte de Francisco Rodrigues dos Santos.
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