“Temos muitas vezes, e em agosto assinalámos isso, pessoas a vir tratar presencialmente serviços que podiam tratar ‘online’. Pedir um documento que nem sequer precisavam de pedir”, afirmou Mariana Vieira da Silva, em declarações aos jornalistas na Loja do Cidadão do Saldanha, que abriu ao público na segunda-feira, no primeiro andar do Mercado 31 de Janeiro.
Numa visita ao novo espaço, a governante sublinhou que, no caso desta Loja do Cidadão, há mediadores da Câmara de Lisboa que acompanham os processos com necessidade de tratamento presencial.
“Nesta loja há mediadores da Câmara de Lisboa que nos ajudam [Governo] nesse trabalho. É muito importante que só venha tratar presencialmente quem precise de tratar presencialmente e quem possa tratar ‘online’, ou noutros espaços, [deve] tratar ‘online’, insistiu.
A Loja do Cidadão do Saldanha abriu na segunda-feira numa área de 2.400 metros quadrados e com cerca de 150 funcionários, distribuídos por várias dezenas de serviços.
De acordo com o Governo, espera-se atender cerca de 700 mil pessoas por ano no estabelecimento.
Contudo, admite o executivo, “as pessoas continuam a necessitar de serviços e este é mais um espaço que não resolve completamente todos os problemas”.
Durante a visita aos serviços da Loja do Cidadão, Mariana Vieira da Silva anotou que o objetivo é ter no novo espaço uma resposta presencial que satisfaça cada vez mais pessoas.
A governante recordou que desde o início de maio o Governo tomou várias medidas para enfrentar as necessidades de agilização da elaboração dos Cartões do Cidadão, como a criação de Espaços do Cidadão e de plataformas ‘online’.
“Desde então mais de 50 mil pessoas deixaram de estar nas filas”, frisou.
A ministra destacou que o novo espaço do Saldanha “era essencial”, depois do encerramento da Loja do Cidadão dos Restauradores.
Em 2012, o Governo do PSD anunciava o encerramento da Loja do Cidadão dos Restauradores e a abertura de outra na zona do Saldanha.
“Há cerca de seis anos a cidade viu desaparecer o que era a Loja do Cidadão de maior dimensão de todo o país, dos Restauradores, sem nenhuma substituição. O que nós conseguimos encontrar com o Governo foi uma solução em que a Câmara financiou a construção deste espaço”, salientou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), aos jornalistas.
Fernando Medina acrescentou que esta Loja do Cidadão tem uma participação municipal que as outras não tinham e vai servir a cidade de Lisboa com “muito melhor qualidade”, bem como os munícipes de toda a Área Metropolitana de Lisboa.
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