"Hoje mesmo ficámos a conhecer a exemplar condenação da conduta ilícita do Futebol Clube do Porto e de alguns dos seus colaboradores por sentença da Justiça. No âmbito dos processos por divulgação criminosa da nossa correspondência privada, já não é a primeira vez que os tribunais nos dão razão", lançou o líder das 'águias' durante a assembleia-geral do clube.
Vieira destacou que "estando em investigação todo o processo do roubo, foi assim já dada como provada, mais uma vez, a existência de uma divulgação ilícita, mas também a manipulação e deturpação do conteúdo dos emails".
E realçou: "Hoje, já ninguém dúvida de que fomos vítimas de vários crimes de enorme gravidade."
Segundo o dirigente, que apelou à moderação nas palavras e à ação vigorosa nos tribunais, "o tempo agora é da justiça", mostrando-se confiante de que vai "prevalecer a verdade" no final dos processos em curso.
"O que verdadeiramente esteve em causa é que, face à inexistência de uma estratégia própria, de uma organização e planeamento, perante o descalabro financeiro, à ausência de resultados desportivos e a um modelo de gestão que parou no tempo, esta foi a estratégia encontrada para criar um permanente ambiente de ameaça e coação sobre os diversos agentes desportivos, agora inovando para os novos modelos da criminalidade digital", atirou Vieira.
O juiz José António Rodrigues da Cunha deu hoje a conhecer a sentença que condena o FC Porto em cerca de dois milhões de euros (ME) pela divulgação dos emails do Benfica.
No processo movido pela SAD do Benfica, que reclamava 17,7 milhões de indemnização, foram condenados o FC Porto, a SAD ‘azul e branca’ e o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, ao pagamento de 523 mil euros por danos patrimoniais emergentes e 1,4 ME por danos não emergentes, pela divulgação da correspondência, enquanto o presidente do clube, Pinto da Costa, os administradores dos 'dragões' Fernando Gomes e Adelino Caldeira e a empresa Avenida dos Aliados, detentora do Porto Canal, foram absolvidos.
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