Eleito no sábado à noite com 70,6% dos votos (555 votos), face aos 29,4% (231 votos) conquistados por Paulo Ribeiro, Luís Newton vincou, em declarações à Lusa, o peso que a concelhia social-democrata deve ter no partido a nível nacional e que a votação dos militantes refletiu uma vontade de trabalhar em nome de “um objetivo comum” para o futuro.
“Esta é a maior concelhia do país e tem de ser também a mais relevante. Esse é outro percurso que nós queremos muito trilhar nos próximos tempos: demonstrar que o PSD está bem vivo em Lisboa e que o PSD vai ter capacidade para, junto do eleitorado, recuperar a confiança que perdeu nas últimas eleições autárquicas”, afirmou.
Sublinhando a determinação de estender consensos a quem defendeu soluções alternativas neste ato eleitoral, o também líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Lisboa realçou a urgência de uma “sistematização das linhas de pensamento do PSD sobre Lisboa”, bem como uma estabilização do próprio partido na capital.
“Em 2017 parecia que ninguém queria liderar o projeto para a Câmara Municipal de Lisboa pelo PSD e por isso tivemos o resultado que tivemos. As pessoas perceberam que o PSD não tinha alguém que pudesse representar essa vontade de servir os lisboetas sob as cores do PSD, e isto vamos ter de conseguir agora”, notou Luís Newton, de 42 anos.
Questionado sobre o peso da concelhia na definição do futuro candidato social-democrata para a autarquia e a leitura nacional do desempenho do partido na capital nas próximas eleições, Luís Newton lembrou o mau resultado de 2017 – em que o PSD foi apenas o terceiro partido mais votado, atrás do PS e do CDS-PP (coligado com o Partido Popular Monárquico e o Partido da Terra) - para garantir a criação das melhores condições para Rui Rio.
“O mau resultado em Lisboa foi o que ditou o afastamento de Pedro Passos Coelho, em 2017. O PSD/Lisboa tem de criar todas as condições para que o presidente do partido consiga tomar a melhor decisão e ter uma lista ampla de pessoas com as quais ele possa contar. A escolha cabe ao presidente do partido e ele disse que ia ouvir as estruturas locais. Através da distrital faremos a demonstração da nossa disponibilidade para colaborar”, finalizou.
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