“Tenho dito que eu não acredito que em algum momento na história do país, mesmo nos meus outros Governos e nos Governos do PT [Partido dos Trabalhadores] a gente tivesse razão de estar tão otimista como está agora”, afirmou o Presidente brasileiro na abertura de uma reunião ministerial.
“Primeiro, porque acredito no que nós estamos fazendo. Segundo, acredito que os nossos números até agora são todos positivos, apesar da perspetiva de uma crise internacional que o dólar vem causando no mundo inteiro”, acrescentou.
O Brasil passou por turbulências no mercado de câmbio nos últimos três meses, período em que a sua moeda, o real, desvalorizou 11% face ao dólar.
Num breve discurso perante os ministros do seu Governo, Lula da Silva considerou que a atual equipa económica faz um bom trabalho, citou a queda do desemprego e o aumento dos salários no país num momento em que a inflação, pressionada pelo dólar, se mantém dentro da meta anual planeada pelo Governo.
“Esse é um dado muito importante, porque toda vez que alguém fala de inflação eu fico preocupado (…). Eu sei como é devastador a inflação na vida do trabalhador. É por isso que, para nós, a inflação é um fator importante e quanto mais baixa melhor para a sociedade brasileira”, afirmou Lula da Silva.
O Presidente reiterou a sua avaliação positiva da gestão, garantindo que o ambiente económico está estável e favorável ao desenvolvimento.
“O que fizemos aqui nesse um ano e oito meses era impensável de ser feito. Eu posso afirmar a vocês que já fizemos mais do que a gente tinha feito no nosso Governo passado”, pontuou.
A inflação anual no Brasil situou-se em 4,23% em junho, o valor mais elevado dos últimos quatro meses, enquanto o desemprego se situa em 6,9% da população ativa, o valor mais baixo em nove anos.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023. Agentes do mercado financeiro esperam que a economia do país sul-americano cresça 2,2% este ano enquanto o Governo espera um aumento de 2,5%.
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