Segundo uma nota da direção, o espaço foi encontrado "após meses de procura, negociação e, sobretudo, muita persistência", quando o espaço que funcionava desde 1905 na Rua São da Praça, em Alfama, encerrou para ser transformado em apartamentos de luxo.
Para fazer face à "nova realidade financeira" e para que se consiga "preservar o legado” e cumprir o papel ativo junto da população, a direção do clube espera contar "com o apoio de sócios e simpatizantes".
O clube manifesta ainda a intenção de manter ativa a importância social que as coletividades têm na vida dos populares.
Depois de no final de 2015 ter sido renegociada a renda do Lusitano Clube com o proprietário do edifício da Rua São João da Praça, onde foi assinado um novo contrato para cinco anos, o edifício acabou vendido e a saída foi negociada com o novo senhorio, que indemnizou o clube.
Depois de ter sido indeferido pela Câmara Municipal de Lisboa o primeiro projeto apresentado para o edifício pelo novo proprietário, em janeiro estava "em apreciação" um novo projeto.
De acordo com a direção do clube, a 29 de dezembro de 2016 foi entregue a petição "Pelo futuro do Lusitano Clube", na qual se solicita à Assembleia Municipal de Lisboa e à Câmara "que providenciem canais de diálogo, de interação e de esforço conjunto no sentido de encontrar uma solução para uma futura sede para o Lusitano".
No final de setembro do ano passado, os deputados municipais aprovaram por unanimidade uma recomendação do Bloco de Esquerda que prevê que a Câmara de Lisboa "proceda a diligências com vista à possibilidade da manutenção do Lusitano Clube no mesmo local onde hoje se encontra".
O documento refere ainda que, "na impossibilidade da concretização do ponto anterior, a Câmara deve diligenciar ou procurar uma solução em conjunto com o Lusitano Clube, para um espaço alternativo onde este clube possa continuar a sua atividade".
Ainda nesse dia, também o grupo parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes" enviou um requerimento ao município em que questionou sobre "que solução está a ser equacionada para responder às necessidades e iniciativas em curso realizadas pelo Lusitano Clube".
O PEV quis também saber "qual a possibilidade de o clube permanecer no mesmo local ou, em alternativa, a Câmara lhe ceder novo espaço condigno na freguesia de Santa Maria Maior".
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