“Macron não está à altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista, buscando apoio do lóbi agrícola francês”, escreveu hoje no Twitter o ministro da Educação brasileiro, Abraham Weintraub, numa referência à oposição do Presidente francês ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e Mercosul [Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai].
“A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS [braço armado do partido Nazi]”, prosseguiu.
O ministro brasileiro acrescentou ainda que os franceses “elegeram um governante sem caráter”, apelidando Macron de "cretino".
Olavo de Carvalho, escritor e ‘guru’ de Jair Bolsonaro, exilado nos Estados Unidos, forjou uma conta no Twitter com o nome de “Macrocon”.
Já anteriormente, Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, que é deputado e que poderá ser o futuro embaixador do Brasil em Washington, tinha ‘retweetado’ [reencaminhado um ‘tweet’] com o título: “Recado para o @EmmanuelMacron”, onde se vê um vídeo dos confrontos com os ‘coletes amarelos’ em França, com o texto “Macron é um idiota”.
Emmanuel Macron manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia, a maior floresta tropical do planeta, evocando uma “crise internacional” e pedindo aos países industrializados do G7 “para falarem desta emergência” na cimeira deste fim de semana em Biarritz (sudoeste de França).
O acordo de livre comércio entre a UE e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado em 28 de junho, depois de 20 anos de negociações.
O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial.
A Irlanda ameaçou também votar contra o acordo comercial se o Brasil não tomar medidas para proteger a floresta amazónica.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.
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