“Esta noite, a Europa, o mundo, olham-nos. Esperam que defendamos em todo o lado o espírito das Luzes”, disse Macron, ao lado da mulher, Brigitte, ovacionado por milhares de pessoas.
“Temos a força e a energia. Não vamos ceder ao medo, à divisão, às mentiras, ao amor pelo declínio e pela derrota. Sei que o devo a vós, aos meus companheiros, à minha família e aos meus amigos”, afirmou.
O Presidente eleito frisou que França enfrenta a “imensa tarefa” de reconstruir a unidade europeia, de reparar a economia e de garantir a segurança.
Uma tarefa que “começa amanhã” e “exige o empenho de todos” e “a coragem da verdade”.
Pediu, para isso, uma renovação do apoio que lhe foi dado hoje nas legislativas de 18 de junho, para “construir uma maioria verdadeira, forte, uma maioria de mudança a que o país aspira”.
Para Macron, a vitória do movimento político que criou há um ano, o “En Marche!”, “não tem precedente nem equivalente”: “Todos diziam que era impossível, porque não conhecem França!”, disse.
“Obrigado, obrigado, obrigado!”, disse ao subir ao palco, ao som do hino da União Europeia, o “Hino à Alegria”.
“Obrigado aos que votaram em mim sem partilhar das nossas ideias, sei que não é um cheque em branco”, disse, dirigindo-se aos eleitores que votaram Macron para impedir uma vitória da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.
O candidato centrista Emmanuel Macron obteve 62,7% dos votos na segunda volta das presidenciais francesas de hoje, quando estão contados 70% dos votos, segundo dados oficiais.
O resultado, inferior aos das projeções à boca das urnas, foram apurados depois do escrutínio dos votos das zonas rurais e localidades mais pequenas, onde Marine Le Pen (extrema-direita) teve mais apoio na primeira volta.
Segundo as projeções de três institutos de sondagens, Emmanuel Macron obtém 65% a 66,1% dos votos e Marine Le Pen 33,9% a 35%.
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