“Efetivamente, o povo madeirense provou, uma vez mais, a sua paciência para resolver nas urnas aquilo que os políticos não foram capazes de resolver na Assembleia Legislativa”, afirmou Luís Montenegro na reação aos resultados das eleições legislativas antecipadas que deram mais uma vitória ao PSD local.

O líder social-democrata afirmou que “esta vitória corresponde, também, a uma derrota em toda a linha de uma oposição concertada e destrutiva do PS e do Chega”.

Na reação, Luís Montenegro lembrou que PS e Chega derrubaram o Governo dos Açores tal como fizeram ao Governo da Madeira e ao Governo da República para destacar que, na verdade, “têm sido os cidadãos a conferir condições de estabilidade quando estes dois partidos, concertados e juntos, põem os seus interesses à frente dos interesses das pessoas”.

“Na Madeira, como já tinha acontecido nos Açores, como, estou em querer, acontecerá em todo o país, as pessoas põem em primeiro lugar o crescimento da economia, o equilíbrio das contas públicas, as políticas que diminuem os impostos, que aumentam os rendimentos, que resolvem os seus problemas, aqueles que as afligem no seu dia-a-dia”, continuou o primeiro-ministro de Portugal.

Luís Montenegro desejou depois a Miguel Albuquerque “um quadriénio de sucesso à frente do Governo Regional para continuar a oferecer prosperidade e justiça social na região autónoma, partilhando com o Governo da República e com o Governo da Região Autónoma dos Açores um ciclo de crescimento, um ciclo de bem-estar, um ciclo de esperança, um ciclo que dá às pessoas a dignidade e a valorização da sua condição”.

Para o líder social-democrata, está aberta “uma nova etapa de estabilidade, de prosperidade e de justiça social para a região autónoma”, prometendo batalhar pelo, no continente, “dia a dia até ao final da campanha eleitoral, até ao dia 16 de Maio, para obter [uma vitória] no próximo dia 18 para o próximo mandato, a próxima legislatura no Governo da República”.

Questionado se após a sua não participação na campanha eleitoral acreditava neste triunfo, Luís Montenegro respondeu que fez o que já tinha feito na [eleição] anterior”, explicando haver “um contacto entre o PSD nacional e o PSD regional muito próximo” e que “há um princípio de autonomia” que respeitam.

“Não houve participação nesta campanha eleitoral como não tinha havido na última, com toda a naturalidade, o que não quer dizer que não tivéssemos seguido de perto, a par e passo, a campanha, o dia das eleições e a noite eleitoral”, concluiu.

O PSD venceu as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas.

Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.

O CDS-PP, que já governou com o PSD e que nesta legislatura tinha um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas, tem um deputado, com 3,00% dos votos.

A maioria absoluta requer 24 assentos. Em 2019 e 2023 os sociais-democratas precisaram fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir este número.