
“Acreditamos que possa haver um certo cansaço, uma certa desmotivação, que haja uma certa descrença até relativamente aos agentes políticos, mas é importante não desistirem, não ficarem cansados da democracia, é importante exercermos o nosso direito”, disse Mónica Freitas, em declarações aos jornalistas, depois de ter votado numa escola da freguesia da Camacha, no concelho de Santa Cruz.
Mónica Freitas, que disse que no resto do dia até à noite eleitoral ia “aproveitar para estar com a família e amigos” e relaxar, admitiu que a taxa de abstenção é um motivo de preocupação, mas insistiu nos apelos aos madeirenses para que “não deixem de votar” e exerçam um direito que levou muitos anos a conquistar.
“Já fizemos tudo o que tínhamos a fazer da nossa parte e o importante agora é que as pessoas também se mobilizem e que também façam a sua [parte] a bem da democracia, porque votar é um direito e um dever que nós temos enquanto cidadãos e cidadãs para pensarmos no futuro da nossa região”, salientou.
As secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira estão abertas entre as 08:00 e as 19:00.
De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o número de inscritos “habilitados para votar” na eleição de hoje é de 255.380, dos quais 249.840 na ilha da Madeira e 5.540 na ilha do Porto Santo.
O concelho do Funchal é o que tem o maior número de eleitores inscritos, 104.667, seguido de Santa Cruz, com 40.146, e de Câmara de Lobos, com 32.810. O município com menos eleitores é Porto Moniz, com 3.007.
Segundo o mapa oficial publicado em Diário da República das anteriores eleições regionais madeirenses, em maio de 2024, estavam inscritos nessa altura 254.522 eleitores, tendo votado 135.917. Ou seja, em comparação com as eleições realizadas há 10 meses, hoje podem votar mais 858 eleitores.
Às legislativas de hoje da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Encabeçam as candidaturas deste ano Edgar Silva (CDU), Miguel Albuquerque (PSD), Marta Sofia Silva (Livre), Élvio Sousa (JPP), Paulo Azevedo (Nova Direita), Mónica Freitas (PAN), Raquel Coelho (Força Madeira), Paulo Cafôfo (PS), Gonçalo Maia Camelo (IL), Paulo Brito (PPM), Roberto Almada (BE), Miguel Castro (Chega), Miguel Pita (ADN) e José Manuel Rodrigues (CDS-PP).
As eleições antecipadas ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
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