Mãe de seis filhos, Ruby Franke criou o canal 8 Passengers em 2015, numa altura em que se popularizavam os canais familiares na plataforma. As visualizações foram crescendo, mas, os sinais também foram aparecendo. Num dos vídeos, era vista a gritar com um dos seus filhos que "perderia o privilégio de jantar" se continuasse a brincar 'às lutas'. Noutro, dizia ao filho de seis anos de idade, na altura, que deveria passar fome porque se tinha esquecido de levar o almoço para a escola.
Apesar das críticas, o modo autoritário de educação da família Franke continuou a atrair audiências. Alguns especialistas em educação disseram à BBC que acreditam que o sucesso reflecte uma ansiedade moderna entre os pais que os pode levar a procurar soluções radicais e prejudiciais.
Mas, em agosto deste ano, um rapaz de doze anos bateu à porta do vizinho. Coberto de feridas abertas, pediu ao vizinho comida e bebida. O vizinho ligou prontamente o 112, accionando as autoridades. Estas encontraram um rapaz com fita adesiva à volta dos tornozelos e dos pulsos. Já no hospital, quando os médicos removeram o adesivo, encontraram feridas abertas, lê-se noutro documento que consta do processo. Os clínicos observaram ainda que o rapaz estava “anormalmente magro e fraco”.
Mais cinco crianças foram posteriormente encontradas e Ruby Franke acabou presa, acusada de seis crimes de abuso de crianças. Juntamente com Franke, Jodi Nan Hildebrandt também foi presa, e tal como a parceira, foi acusada de seis crimes de abuso de crianças.
A audiência de Ruby Franke e a sua sócia, que estava marcada para 18 de setembro, foi adiada. Esta audiência poderia determinar se as mulheres poderiam aguardar o julgamento em liberdade, depois de uma primeira, efetuada virtualmente, onde foram apresentadas as acusações a Franke e a Hildebrandt. De acordo com os funcionários do tribunal do estado do Utah, a razão do adiamento da segunda audiência é a de que é preciso “mais tempo para analisar uma grande quantidade de informações”.
Em Portugal, recentemente, houve um caso semelhante.
Nas redes sociais, na sua conta de Instagram, uma mãe contou como disciplinava a filha. Joana Mascarenhas afirmou que quando a filha faz 'birra', ela fazia o seguinte:
"Peguei nela, de pijama e fui para dentro da banheira. Molhei-a toda com água fria. Foi remédio santo”.
Agora, o caso está a ser investigado pelo Ministério Público, e antes de ter sido dado todo o tipo de opiniões sobre o tema nas redes sociais, a influencer explicou que apenas fazia este ato quando a criança, de apenas 3 anos, tinha este tipo de comportamento, ou seja, em situações extraordinárias.
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