“Neste segundo período do estado de emergência, temos até hoje e acumuladas 126 detenções”, disse Eduardo Cabrita em conferência de imprensa realizada após a sétima reunião da estrutura de monitorização do estado de emergência, ressalvando que estes dados são até às 12:00 de hoje.
O ministro destacou as 28 detenções por violação de obrigação de confinamento, considerando tratar-se dos “casos mais graves”.
Segundo o governante, 59 pessoas foram detidas por violação do dever geral de recolhimento, oito por tentativa de violação das regras de limitação de passagem no concelho, 11 por manutenção aberta de estabelecimentos, sete por resistência às autoridades e 13 por violação das regras próprias da cerca sanitária de Ovar.
O ministro sublinhou também que as polícias reportam “níveis baixíssimos de circulação de cidadãos”, bem como uma adesão às recomendações das forças e serviços de segurança.
Eduardo Cabrita referiu que os portugueses cumpriram “de forma exemplar” as recomendações da Direção-Geral da Saúde e das forças de segurança durante o período da Páscoa.
O ministro avançou que a Guarda Nacional Republicana referenciou três situações relacionadas com o “beijar da cruz”, uma tradição do domingo de Páscoa, sendo uma delas em Barcelos e outras duas em lares de idosos do Norte do país.
De acordo com o governante, as situações estão identificados e vão ser alvo dos procedimentos legais aplicáveis.
Eduardo Cabrita prestou igualmente reconhecimento aos milhares de elementos das forças e segurança que tem estado nas ruas, dando conta que 163 elementos da PSP e da GNR estão infetados com covid-19.
O ministro frisou que o acompanhamento aos lares de idosos e aos seus trabalhadores é “área de particular preocupação e prioridade de atuação”.
Nesse sentido, deu conta que a GNR desinfetou 30 lares de idosos em todo o país e as Forças Armadas têm preparadas 60 equipas de desinfeção, um trabalho que é feito em apoio à Proteção Civil.
O ministro frisou também que as Forças Armadas conseguiram mobilizar 1.200 camas que podem ser utilizadas na eventual necessidade de deslocação de utentes ou de trabalhadores de lares atingidos pelo covid-19.
O ministro afirmou ainda que foram repatriados cerca de 4.000 portugueses.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 535 mortos, mais 31 do que no domingo (+6,2%), e 16.934 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 349 (+2,1%).
Dos infetados, 1.187 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.
(Notícia atualizada às 21h26)
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