Este é o mais recente balanço da organização liderada desde outubro passado pelo português António Vitorino, que na passada terça-feira, e numa análise dos primeiros 13 dias do ano corrente, dava conta de 2.200 chegadas de migrantes e de refugiados ao território europeu por mar.
Este aumento expressivo deve-se ao registo de entradas em Espanha, país que em 2018 se tornou na principal rota marítima para a Europa e que se perspetiva, neste princípio de 2019, como a principal porta de entrada de migrantes para o território europeu.
De acordo com o novo balanço, entre os dias 13 e 16 de janeiro, as chegadas ao território espanhol mais que duplicaram, de 1.609 para 3.367 pessoas.
“Até ao meio do mês [de janeiro], as chegadas irregulares de migrantes por mar para Espanha representam quase 80% de todas as chegadas do Mediterrâneo deste tipo”, indicou a OIM, numa nota informativa.
“Além disso, este total quase iguala todas as chegadas deste tipo a Espanha durante os primeiros três meses de 2018, período durante o qual a OIM relatou 3.369 chegadas de migrantes irregulares ao território espanhol por via marítima”, referiu a organização.
Já ao nível das vítimas mortais nas três principais rotas do mar Mediterrâneo – Mediterrâneo Oriental (da Turquia para a Grécia), Mediterrâneo Central (da Líbia para Itália) e Mediterrâneo Ocidental (de Marrocos para Espanha — os dados da OIM relativos aos primeiros 16 dias de janeiro apontam para 83, menos do que as 199 mortes registadas no mesmo período de 2018.
No balanço anterior, divulgado terça-feira, a OIM tinha relatado que 16 pessoas tinham morrido durante a travessia do Mediterrâneo.
Quando analisados os registos em outras regiões ou rotas migratórias nestes primeiros 16 dias, o número de migrantes mortos sobe para 92.
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