Realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), este inquérito analisou a tensão arterial dos portugueses e concluiu que 2,4 milhões de portugueses têm hipertensão, cujo Dia Mundial é hoje assinalado.
No estudo, além da medição da tensão arterial, foi considerada a toma de medicamentos para a hipertensão nas duas semanas anteriores à entrevista.
O INSEF estudou 4.911 pessoas, na sua maioria em idade ativa (84,3% com idade entre os 25 e os 64 anos), cerca de três quintos (63,4%) dos quais “sem escolaridade ou com escolaridade inferior ao ensino secundário” e 11,2% desempregados.
A hipertensão é mais frequente nos homens, atingindo quase 40% da população masculina e 32% das mulheres portuguesas.
A prevalência da hipertensão é mais elevada (62,6%) na população com “nenhuma escolaridade ou com o primeiro ciclo”, enquanto na população com “ensino superior” 15,5% sofrem de hipertensão.
Relativamente à ocupação profissional cerca de 65% dos reformados, domésticos ou estudantes têm hipertensão, enquanto a taxa de hipertensos desempregados ronda os 30% e a dos empregados se fixa nos 24,7 por cento.
De acordo com os dados do INSEF mais de 70% da população acima dos 65 anos têm hipertensão e entre os 25 e os 34 anos cerca de 6% são hipertensos.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Hipertensão os doentes com hipertensão têm um maior risco de morte ou desenvolvimento de determinadas doenças como a insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais (AVC), enfarte do miocárdio, insuficiência renal ou perda gradual da visão.
No âmbito da celebração do Dia Mundial da Hipertensão, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão escolheu Almada para “capital nacional das comemorações” com a realização de vários rastreios e atividades para a população.
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