Depois de uma marcha pacífica sob chuva forte no dia anterior, um pequeno grupo de manifestantes ateou fogo a máquinas escavadoras que estavam a ser utilizadas por um empreiteiro privado que começou a trabalhar no projeto orçado em 87,5 milhões de euros.
O local em Plati, a 30 quilómetros da capital da ilha grega, Mitilene, deve ficar concluído até setembro e vai albergar até 3.000 migrantes e requerentes de asilo.
Entre 2015 e 2016, Lesbos foi o ponto de entrada mais movimentado da União Europeia (UE), quando centenas de milhares de pessoas, muitas delas a fugir das guerras na Síria e no Iraque, tentavam a travessia a partir da Turquia para chegar às costas da Europa.
A Grécia é abrangida pela chamada rota migratória do Mediterrâneo Oriental, normalmente efetuada entre as costas turcas e o território grego.
Um campo sobrelotado em Moria, mais a sul da ilha de Lesbos, foi destruído num incêndio em 2020, e os residentes estão agora alojados em instalações temporárias.
O acampamento de Moria, que foi considerado um dos maiores e com piores condições da Europa, chegou a albergar cerca de 13 mil pessoas, o que representava mais do quádruplo da sua capacidade, em condições consideradas insalubres e desumanas.
A UE está a financiar a construção de novos acampamentos em cinco ilhas gregas perto da costa da Turquia.
A liberdade de circulação é restringida nos novos locais, atraindo críticas de organizações de direitos humanos.
As autoridades locais de Lesbos apoiam os manifestantes e ameaçaram desafiar o Governo helénico em tribunal para tentar travar o projeto.
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