A empresa dirigida por Mark Zuckerberg começou a pesquisar os sintomas da covid-19 nos EUA no início de abril, como parte de um projeto de pesquisa da universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, e até ao momento do seu lançamento, em 20 de abril, uma média de 150.000 pessoas por dia estava a responder à pesquisa.
De acordo com a informação disponibilizada na página da internet do projeto, o mapa da covid-19 passa agora a mostrar resultados internacionais da pesquisa de sintomas, incluindo Portugal, bem como um conjunto de dados que informam sobre a resposta do setor público à doença em todo o mundo.
São também agora disponibilizados dados de mobilidade adicionais, que mostram as taxas de redução de mobilidade nas diferentes comunidades.
O mapa atualizado mostra ainda os padrões de viagem entre países e estados dentro do mesmo país, “para ajudar investigadores e as Organizações Não Governamentais a perceberem como as viagens de longa distância continuam a impactar a disseminação da covid-19”.
A pesquisa, que é voluntária, aparece para os internautas no topo do canal de notícias da rede social, surgindo aí perguntas sobre o estado de saúde e os sintomas habitualmente associados ao novo coronavírus, como tosse seca e febre.
Numa entrevista ao meio ‘online' especializado em tecnologia The Verge na altura do lançamento do mapa de sintomas em território norte-americano, o diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu esta forma de estimar o número de casos como uma alternativa aos números oficiais, caso os governantes tenham interesse em esconder informações ou disfarçar a dimensão da pandemia.
"Alguns governos não estão especialmente interessados em que o mundo saiba quantos casos existem ou saiba como o coronavírus se está a espalhar pelos seus países. Portanto, obter dados sobre isso é muito importante", realçou o também cofundador do Facebook.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.436 pessoas das 32.895 confirmadas como infetadas, e há 19.869 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de três milhões, contra quase 2,2 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 168.500, contra mais de 180 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num “grande confinamento” que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.
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