Nesta visita, que decorrerá até quarta-feira, com passagens por Amesterdão, Haia e Delft, Marcelo Rebelo de Sousa estará acompanhado pelo ministro da Economia, Pedro Reis, pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos, e representantes de cinco partidos com assento parlamentar.
Vão integrar a comitiva o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, e os deputados Eurico Brilhante Dias, do PS, Isaura Morais, do PSD, Cristina Rodrigues, do Chega, e Mário Amorim Lopes, da IL.
Segundo o programa da visita, na segunda-feira à tarde, em Amesterdão, o Presidente da República terá um encontro com representantes da comunidade portuguesa nos Países Baixos, onde há cerca de 28 mil residentes com nacionalidade portuguesa e para onde emigraram em 2022 mais de 4.500 portugueses, segundo o Relatório da Emigração do ano passado.
A visita de Estado a este país membro fundador da União Europeia e da NATO, com o qual Portugal mantém relações diplomáticas desde o século XVII, terá início oficialmente na terça-feira, com a receção de boas-vindas no Palácio Real, seguida de um almoço privado com os reis.
Depois, o chefe de Estado irá intervir num seminário económico, em que também discursarão o ministro da Economia, Pedro Reis, e a ministra do Comércio Externo e Desenvolvimento dos Países Baixos, Reinette Klever. Mais tarde, terá um encontro com investigadores e académicos portugueses.
Ao fim do dia, haverá um banquete de Estado, no Palácio Real de Amesterdão, a capital constitucional do país.
Na quarta-feira, será Marcelo Rebelo de Sousa a oferecer aos reis uma receção de retribuição, em Amesterdão, com um concerto do fadista Camané, último ponto do seu programa nos Países Baixos.
Antes, irá a Haia – sede do poder judicial, do Governo, do Parlamento e das embaixadas – visitar o Senado e a Câmara dos Representantes e as instituições internacionais sediadas no Palácio da Paz: o Tribunal Internacional de Justiça, o Tribunal Permanente de Arbitragem e a Academia de Direito Internacional da Haia.
Marcelo Rebelo de Sousa vai também reunir-se com o primeiro-ministro neerlandês, Dick Schoof, independente, ex-trabalhista, que lidera um Governo de coligação de direita formado após as legislativas de novembro de 2023.
O anterior primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, assumiu em outubro deste ano o cargo de secretário-geral da NATO.
Antes do regresso a Amesterdão, o chefe de Estado irá ainda a Delft conhecer o instituto de pesquisa Deltares, especializado em água e subsolo.
Esta será a 20.ª visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa, que já visitou Haia em fevereiro de 2022, para uma exposição da pintora Paula Rego, e nessa ocasião foi recebido pelo monarca Willem-Alexander no Palácio Real Huis ten Bosch.
Os reis Willem-Alexander e Máxima estiveram em Portugal em visita de Estado em outubro de 2017, a seu convite.
Nessa ocasião, o Presidente da República manifestou-se expectante de que a visita dos monarcas – que coincidiu com uma missão empresarial centrada no setor aeronáutico e nas energias renováveis – contribuísse para um "novo impulso" nas relações bilaterais, especialmente no plano económico.
Os anteriores presidentes portugueses Mário Soares e Jorge Sampaio também visitaram os Países Baixos, o primeiro em outubro de 1989, em visita de Estado, e o segundo em outubro de 1997, em visita oficial, ambas retribuídas nos anos seguintes pela rainha Beatriz.
Jorge Sampaio regressou aos Países Baixos em janeiro de 2001, quando Roterdão foi Capital Europeia da Cultura – juntamente com a cidade do Porto –, para a cerimónia inaugural dessa iniciativa da União Europeia.
Comentários