"Independentemente de quem quer que seja seu presidente, é um compromisso assumido pelo anterior presidente [da Câmara Municipal de Lisboa], tenho a certeza de que o novo presidente vai cumpri-lo", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, na Casa do Artista, em Lisboa.
O chefe de Estado mostrou-se convicto de que, "com o novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa [Carlos Moedas], esse compromisso assumido antes seja cumprido" e prometeu fazer tudo o que estiver ao seu alcance nesse sentido.
A este propósito, observou: "Porque as pessoas passam, é a transitoriedade da democracia, mas as instituições ficam. E a instituição município de Lisboa fica, e deve, portanto, contribuir para aquilo que quanto mais depressa arrancar mais depressa poderá permitir uma programação virada para o futuro e uma vida adicional a esta casa".
O Presidente da República deslocou-se hoje à Casa do Artista para participar, com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, na apresentação de uma campanha de captação de novos associados para esta instituição de solidariedade social com estatuto de utilidade pública.
Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que "há várias formas de acompanhar e de apoiar esta casa", da qual é associado: "Uma é a do apoio constante para que possa manter-se e renovar-se, outra é a da renovação deste espaço, das obras necessárias, do investimento indispensável, para que continue a criar cultura, porque são indissociáveis a Casa do Artista e esta sala de teatro".
O chefe de Estado referiu que em tempos falou sobre este assunto com a ministra da Cultura, que lhe assegurou a sua preocupação com o apoio à Casa do Artista, e também com o presidente cessante da Câmara Municipal de Lisboa, o socialista Fernando Medina, derrotado nas eleições autárquicas de domingo pelo social-democrata Carlos Moedas.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou, "em homenagem à justiça", que nessa ocasião Fernando Medina considerou que "é evidente que há uma parcela que deve competir ao município de Lisboa".
Segundo o Presidente da República, a Casa do Artista é uma instituição com "uma dimensão retributiva, uma vez que todos os portugueses foram beneficiários do trabalho de uma vida inteira desta atriz, deste músico, daquela cantora, deste cineasta – e isto faz a diferença".
"Se os artistas devem trabalhar em condições dignas, o que como sabemos nem sempre é um facto garantido, é nessa obrigação enquanto sociedade – e digo sociedade Estado e sociedade civil – contribuir para que a dignidade que merecem acompanhe os anos da reforma", considerou.
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