"O problema que justifica a falta de paz no mundo é o desassossego, desassossego dos povos, dos Estados. No diálogo internacional, o desassossego tem um lado bom, que é a preocupação, mas tem um lado mau se não tiver resposta", explicou o Presidente português.
"E é a falta de resposta ao desassossego que tem levado a posições unilateralistas, às vezes isolacionistas, que são o contrário da construção da paz", acrescentou.
Marcelo, que falava aos jornalistas após uma aula aberta com estudantes em que fez a defesa do multilateralismo, considerou esse ressurgimento do isolacionismo "um recuo", depois de "décadas a construir o multilateralismo", de que Portugal "é exemplo", como ilustram as escolhas de António Guterres para secretário-geral da ONU e de António Vitorino para diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM).
"Deitar isso fora é uma loucura, não resolve problema nenhum e cria problemas adicionais", afirmou.
O Fórum de Paz de Paris, que conclui as celebrações do centenário do Armistício, reuniu 60 chefes de Estado e 30 organizações internacionais para discutir ideias para a segurança global.
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